quinta-feira, 15 de novembro de 2018

Entenda por que o Bitcoin desabou 10% após ficar 2 meses "travado"


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SÃO PAULO - Após várias semanas de pouca oscilação, o Bitcoin desabou nesta quarta-feira (14) batendo seu menor patamar do ano em um dia de pânico dos investidores, apesar de não haver nenhuma grande novidade no noticiário.

Às 17h10 (horário de Brasília), a moeda tinha perda de 9,95% no acumulado de 24 horas, a US$ 5.738, enquanto no Brasil a queda era de 9,89%, para R$ 21.713. A queda acontece após dois meses de pouca oscilação: desde 5 de outubro, a moeda ficou "travada" entre US$ 6.200 e US$ 6.600.

O movimento é generalizado, com todas as maiores criptomoedas também desabando, em especial o Bitcoin Cash, que cai 16% antes do aguardado hard fork desta quinta.

Entre outros ativos, o Ethereum recua 11%, para US$ 185, enquanto o Ripple tem perdas de 11,2%, cotado a US$ 0,457307. Das 100 maiores criptomoedas do mundo, 96 registravam queda nesta quarta.

Com esta derrocada, o valor de mercado de todas as moedas digitais chegou a US$ 189 bilhões, sendo a primeira vez no ano que ele fica abaixo de US$ 200 bilhões.

Segundo o especialista e apresentador do programa "Bloco Cripto", Safiri Felix, o que se vê hoje é um "Panic Selling" (movimento irracional de venda de ativos).

"O mercado estava muito tempo operando perto do suporte e a perda dos US$ 6 mil disparou uma onda de ordens de stop e arrastou tudo", explica ele. Ou seja, não há um motivo para este pânico hoje no mercado de criptomoedas, o que se vê são investidores em pânico após um movimento de queda.

Fonte: InfoMoney

quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Irã desenvolve criptomoeda nacional garantida pelo rial


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Autoridades iranianas concluíram o desenvolvimento de uma criptomoeda nacional garantida pelo rial local. Agora, o novo ativo está sendo aprovado pelo Banco Central do país. Seyyed Abotaleb Najafi, Diretor Geral da Corporação Serviços de Informática (ISC), disse isso em entrevista à agência de notícias local Ibena.

Segundo ele, o teste de pagamentos, bem como as liquidações internas e interbancárias serão conduzidas pelas instituições bancárias do país, inclusive por meio da infraestrutura distribuída.

A CBI está interessada em usar a criptomoeda para expandir os serviços do sistema bancário e contornar as sanções econômicas dos EUA.

“A criptomoeda estatal foi desenvolvida principalmente para estudar as possibilidades das moedas digitais e da tecnologia de blockchain, para facilitar os pagamentos financeiros e operações bancárias de varejo”, afirmou Seyyed Najafi.

Vale ressaltar que o novo ativo será garantido pela moeda local, apesar da volatilidade e da contínua desvalorização do rial. Assim, a taxa não oficial do rial caiu para 143 mil por 1 dólar dos EUA, com a taxa oficial de cerca de 41 mil rials por um dólar.

“Em troca de cada moeda digital nacional, seu equivalente em rials na conta do Banco Central será bloqueado, de modo que nunca criará liquidez”, disse Najafi.

Vale notar que a nova criptomoeda ainda não tem nome.

Foonte: .btcsoul.com

domingo, 11 de novembro de 2018

Quais são as alternativas que podem competir com o Bitcoin?


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Muito embora 2018 tenha sido um ano fraco para o Bitcoin, em 2019 muitos analistas esperam que o Bitcoin continue sendo um dos melhores investimentos. Mas além do Bitcoin, existem alternativas que ainda têm muitas cartas para dar.

Todo mundo fica tão ligado no Bitcoin que até se esquece que tem outras moedas por aí que podem vir a ultrapassá-lo. Isso se daria pelo simples fato de que conseguiram implementar características que as permitiram solucionar problemas que o Bitcoin não consegue resolver.

As características das criptomoedas

No mundo da criptomoedas existem inúmeras variedades. Cada uma delas apresenta uma especificidade que muitas vezes vem para aperfeiçoar ou adicionar outras características que não encontramos no Bitcoin, como é o caso do Ethereum. Em suma, as características de uma criptomoeda definem o potencial da mesma ter sucesso ou não. Vamos então dar uma olhada em algumas das criptomoedas que são excelentes alternativas ao Bitcoin:

Ethereum – ETH

O Ethereum está atualmente em segundo lugar no mercado das criptomoedas. A plataforma Ethereum foi a primeira a desenvolver com sucesso a possibilidade da criação de contratos inteligentes que são feitos através da sua blockchain. O Ethereum possibilitou ainda o desenvolvimento de dApps (Aplicações descentralizadas correndo em cima da blockchain). Atualmente são muitas as aplicações a serem desenvolvidas na plataforma Ethereum. Segundo uma avaliação sobre diferentes criptomoedas do Guia do Bitcoin, o preço do Ethereum também já passou por quedas, mas no início do ano ele rondava os US $1000.

Litecoin – LTC

O Litecoin foi originalmente criado como uma alternativa mais rápida ao Bitcoin. Além disso, o Litecoin pretendia mitigar o problema dos computadores especialmente produzidos para mineração de Bitcoin chamados de ASIC.

O Litecoin é também considerado uma versão lite do Bitcoin, com taxas de transação mais baratas e muito mais rápidas.

Ripple – XRP

O protocolo Ripple está sendo adotado por bancos e redes de pagamento como tecnologia de infra-estrutura de liquidação. O Ripple está sendo usado por gigantes financeiros como Santander, UBS ou UniCredit. Ripple é também uma proposta interessante e atualmente ocupa o quarto lugar no mercado das criptomoedas.

IOTA

O IOTA é um sistema distribuído alternativo à blockchain. O IOTA apresenta uma rede distribuída sem recurso a uma blockchain num processo chamado Tangle.

O projecto IOTA é sem dúvida o mais futurista. O IOTA vai ser uma peça fundamental na próxima revolução da robótica e da Internet das Coisas (Internet of Things ou IoT). Nesta revolução todos os dispositivos vão estar conectados na rede e ser capazes de tomar decisões autônomas. O IOTA já está preparado para suportar transações M2M (Machine to Machine), o que quer dizer que robôs ou carros inteligentes no futuro vão poder pagar autonomamente seus consumos. Grandes nomes da Indústria como Volkswagen, Bosch e Fujitsu já assinaram acordos de cooperação com a equipe da IOTA.

Zilliqa – Zil

Zilliqa é uma plataforma que pretende competir ao mesmo tempo com o Ethereum e o EOS. Além de suportar contratos inteligentes, Zilliqa desenvolveu uma tecnologia que lhe possibilita aumentar exponencialmente o número de transações à medida que a sua rede de Nodes vai aumentando, resolvendo assim o problema da escalabilidade. O preço de Zilliqa é muito baixo, o que o torna um grande atrativo de investimento para quem está começando no mercado financeiro de criptomoedas.

Todas essas criptomoedas apresentam propostas alternativas ao Bitcoin e cada uma delas tem seu determinado potencial, apresentando diferentes soluções para muitas das limitações da criptmoeda original. Na verdade, é muito bom que isso aconteça, porque assim o mercado fica mais competitivo e o próprio desenvolvimento da tecnologia se beneficia.

Muita gente parece ainda estar obcecada pelo Bitcoin, mas a indústria das criptomoedas está crescendo e se inovando, com muitos dos projetos mais recentes merecendo atenção.

Fonte: abcdoabc.com.br/

França diminuirá impostos sobre ganhos em Bitcoin em 20% no próximo ano


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O país procura criar um ecossistema mais amigável para as criptomoedas

De acordo com a mídia francesa, a Assemblée Nationale apoiou um projeto para alinhar impostos sobre ganhos em Bitcoin com os propostos para ganhos de capital no país.

Atualmente as autoridades tributam cerca de 20%  a mais nos ganhos de Bitcoin em relação aos ganhos tradicionais.

Eric Woerth, presidente do Comitê Financeiro da assembleia, é a cabeça por trás da iniciativa, que irá diminuir o imposto de 36% para 30%.

De acordo com o Le Figaro, a tributação não irá se restringir à venda de Bitcoin. O imposto também será cobrado em compras e aquisições.

O país não é o único a taxar a criptomoeda desta forma. Entretanto, o método regressivo supostamente sufoca uma tecnologia que fornece uma maneira segura e poderosa de realizar compras. Mais precisamente, quando um indivíduo utiliza o ativo para adquirir um produto, ele não obtém o valor “real” do mesmo modo que uma compra tradicional.

O projeto ainda deve passar pela sessão legislativa e ser incluído no orçamento de 2019 para ser oficializado. Entretanto, a iniciativa está em consonância com outros projetos governamentais para tentar desenvolver um ambiente regulador “amigável” para as criptomoedas.

Fonte: www.webitcoin.com.br

Tim Draper defende sua previsão de preço Bitcoin de US $ 250 mil em 2022


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O investidor de capital de risco Tim Draper reafirmou sua previsão de que o preço do Bitcoin (BTC) chegará a US $ 250.000 até 2022, durante um painel de discussão na conferência de cúpula da Web em 6 de novembro.

Draper previu inicialmente que o preço do BTC subirá para US $ 250.000 em abril deste ano. "Acredite, isso vai acontecer - eles vão pensar que você é louco, mas acredite, isso está acontecendo, vai ser incrível!", Disse Draper então.

Quando perguntado na recente conferência do Web Summit se ele ainda acha que o preço do BTC vai experimentar um retorno de 40 vezes em um período de quatro anos e chegar a US $ 250.000, Draper disse:

"Sim. Estamos falando de uma participação de mercado de [...] cinco por cento para chegar a US $ 250.000. Isso parece uma gota em um balde e tudo o que precisamos realmente fazer é fazer com que o Bitcoin possa ser usado para comprar café Starbucks, e de repente o mundo se abre e eles dizem 'Eu tenho essa escolha [...] Eu quero uma moeda que eu possa levar de país para país ou [...] eu quero uma moeda que me coloque em um país ou em uma área geográfica e não posso usá-la em nenhum outro lugar?"


Draper também questionou a necessidade de moedas fiduciárias ou “moedas políticas”, afirmando “por que nós ainda confiamos em moedas que são determinadas por algum partido político estranho ou outro?” Na opinião de Draper, os bancos emitem dinheiro “sempre que quiserem por qualquer motivo eles quiserem”, e o surgimento de uma moeda “totalmente apolítica”, global e aberta, permitiria o controle do dinheiro dos bancos para pessoas comuns, explicou.

Falando na conferência GovTech Pioneers em maio, Draper apresentou sua visão de um futuro em que blockchain utilizando contratos inteligentes em conjunto com inteligência artificial (IA) mudará massivamente o papel e as responsabilidades dos estados. "Se combinarmos Bitcoin, blockchain com contratos inteligentes e inteligência artificial, poderemos criar a burocracia perfeita", disse ele.

Em setembro, Draper fez outra previsão, dizendo que a capitalização total do mercado de criptomoeda atingirá US $ 80 trilhões nos próximos 15 anos. Draper argumentou que a queda significativa no mercado de criptomoedas nos meses anteriores é atribuída a pessoas que não adotaram moedas digitais como uma nova classe de ativos. Draper disse então:

"Criptomoeda vai atrás de mercados de trilhões de dólares - são finanças, saúde e seguros, bancos, bancos de investimento e governos."

Fonte: br.cointelegraph.com

Minerador brasileiro de bitcoin desiste de operação na China: “Não vale mais a pena”


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“A mineração é um cálculo matemático e uma prece pra ave maria”, disse o Allex Ferreira, conhecido como Barão do Bitcoin. Ferreira anunciou na quinta-feira (08) que havia desistido de sua operação de mineração na China, onde tinha cerca de duas mil máquinas em operação. 

Da Finlândia, Ferreira disse ao Portal do Bitcoin por videoconferência que desde que o Bitcoin chegou a US$ 6,5 mil a operação havia deixado de valer pena. Ele estava neste mercado desde 2016.

“É preciso de uma triangulação entre preço da moeda, hash (que é o tanto de bitcoin que a máquina vai produzir), mais eletricidade”.

Pelo cálculos do Barão, para uma S9 (principal mineradora da Bitmain) ser lucrativa, pensando num período de seis a a oito meses, o Bitcoin precisaria estar a US$ 15 mil dólares.

“Não posso te falar os números exatos, com 2.000 mil máquinas, vamos dizer que eu ganhava US$ 30 mil por mês, mas gastava US$ 28 mil. Isso se todas as máquinas estivessem funcionando o tempo inteiro, o que não acontece nunca”.

Bitmain e bitcoin

Ferreira conta que as máquinas dão problema com frequência e que é preciso entrar no cálculo. “Mineração é só dor de cabeça e não é um investimento barato”. Além disso, na China quem fornece a energia são pequenas hidrelétricas, que às vezes têm grandes problemas. Os galpões para guardar os equipamentos em geral são improvisados.

Questionado sobre pessoas que investem em mineração acreditando que o preço do ativo deve subir no futuro, ele afirmou que, por essa lógica era melhor simplesmente comprar Bitcoin sem precisar se incomodar com todo o resto.

Sua tese para o aumento brutal do hashrate (poder de computação) da rede do Bitcoin envolve uma hipótese que ele mesmo admite não poder provar.

“Pra valer a pena minerar, precisa conseguir uma máquina a US$ 100. Sendo que no mercado ela tá US$ 355. E quem consegue isso? Ora, a Bitmain”, disse enquanto ajeitava o boné. “Mas é só uma teoria”, repetiu algumas vezes embora parecesse estar bastante seguro da ideia.

No futuro, ele garante não voltará para minerar. “Encerrei minhas atividades na área”. Ele só seguirá negociando Bitcoin. “Só Bitcoin. Nenhum projeto vai ser melhor”.

Fonte: portaldobitcoin.com

A vida de quem está com dinheiro preso em uma corretora brasileira de criptomoedas


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Nome sujo, dívidas de milhares de reais e empréstimos inseguros fazem parte da rotina dos trabalhadores que investiram na exchange curitibana de criptomoedas Coinx e que estão há três meses sem poder sacar ou o movimentar o próprio dinheiro.  

O dinheiro retido, estimam os prejudicados, soma mais de um milhão de reais. Engana-se, porém, quem pensa que os clientes lesados são pessoas ricas. A maioria dos investidores é formada por trabalhadores que viram na promessa de taxa zero da Coinx uma boa oportunidade de lucrar e, agora, afundam em dívidas.

Um dos prejudicados é o produtor rural Diego Soares, de 28 anos, da cidade de Nanuque, no interior de Minas Gerais. Ele calcula ter perdido R$ 32 mil, dinheiro que investia para comprar uma casa que dividiria com sua noiva.

Soares conta que, no começo de 2017, assistiu a alguns vídeos sobre Bitcoin no YouTube e decidiu aplicar sua reserva de finanças em criptomoedas. Iniciou por meio da corretora Mercado Bitcoin, mas não gostava das altas taxas para depósito, transferência e saque em reais.

Quando conheceu a Coinx com sua promessa de taxa zero, migrou na hora.

“No começo foi muito bem”, conta Soares. “Fiz compra e venda, fui ganhando e investindo. Aí quatro meses atrás começaram as desculpas”.

Desde agosto ele não consegue mexer nas suas criptomoedas que estão na corretora. A justificativa da Coinx para impedir as movimentações foi que a companhia adotaria uma nova moeda, a Zeus. O lançamento, porém, nunca aconteceu.

O pior, conta Soares, foi que nesses meses todas as moedas que a corretora trabalha (Bitcoin, Ethereum e Litecoin) se desvalorizaram e nenhum dos clientes pôde fazer nada. Antes, disse ele, seus criptoativos valiam R$ 23 mil e agora não chegam a 12 mil.

Quando conversou com a reportagem, por telefone, não escondia seu desespero: “Tô com a cabeça a mil, não consigo dormir. Minha fazenda é pequena, o dinheiro é pouco. Comecei a investir para conseguir comprar minha casa e me mudar com minha noiva, mas fui obrigado a adiar os planos. Não tenho dinheiro pra construir nada”.

“Estou falido”

O técnico em informática Atila Barbosa, de Brasília, também está com uma grande quantia de dinheiro retido na corretora. De acordo com ele, seus investimentos, advindos de day trades com as criptomoedas, estavam em R$ 43 mil quando a plataforma parou de funcionar.

Toda manhã ele liga e envia mensagens para a Coinx, mas a resposta é sempre a mesma: um pedido de desculpas e a promessa de que haverá bonificação. Barbosa também mostrou ao Portal do Bitcoin gravações de ligações com o serviço de atendimento da empresa. Todas elas dizem que “não há previsão para resolução”.

Estou praticamente falido. Meus cartões de créditos estão estourados por conta das dívidas que não consegui pagar. Meu nome está sujo, estou com parcelas atrasadas, renegociei empréstimo que provavelmente não conseguirei pagar

Segundo Barbosa, suas dívidas por conta dos juros ultrapassam os R$ 110 mil. O salário, conta, serve só para pagar aluguel, água, luz e comida. Ele não esconde que, se a situação se mantiver, entrará numa situação financeira insustentável.

Sem esperanças, ele crê que nunca verá a cor do dinheiro:

“Eles falam que deu problema no site por causa da nova moeda ou então que pagaram muita gente duplicado e que resolverão tudo na próxima semana. Só que essa semana nunca chega. Já disseram que virá um dinheiro da Coreia, mas já passaram quase três meses e nada”.

Conforme mostramos em reportagem anterior, a Coinx está registrada nos nomes de três representantes da comunidade sul-coreana, Myungsun Jung (cuja casa serve de sede da empresa, em Curitiba) Yang Lim Chang Suh, Paula Yun Joo Chang, e do brasileiro André Gardenal.

Eles prometeram, em página oficial do Facebook, pagar os usuários da plataforma em cinco parcelas a partir de 04 de setembro. Até agora, porém, a maioria dos clientes diz não ter recebido nada.

150 mil reais presos

“Não sei se é golpe, mas pode virar. A irresponsabilidade foi gigante”, diz o servidor federal Anderson Valle, de 39 anos, morador de Uberlândia, Minas Gerais.


Valle foi o primeiro a entrar com ação direta para que o dinheiro que havia aplicado na Coinx — cerca de R$ 150 mil — fosse liberado.

“Tentei bloqueio das contas judicialmente, mas eles não têm bens localizados. A Polícia Civil indicou a Federal, que está com a ação há meses. Tenho audiência com [a Coinx] eles na próxima semana, mas eles não têm dinheiro, não têm bem de empresa, não há nada. Não há qualquer garantia. Os clientes estão na mão”, disse Valle.

Para Valle, a história de pagamento duplicado é papo furado. “Desculpa esfarrapada”, diz ele. “A história da Coinx no Brasil é de mentira atrás de mentira. Eles estavam fazendo ilegal, provavelmente fazendo transações na Coreia do Sul, onde o preço do Bitcoin era mais alto, e aí perceberam depois”.

Para o servidor, falta regulamentação no setor de criptomoedas. A pouca legislação que existe deixa o usuário completamente desprotegido.

“Nada impede que a exchange pegue seu dinheiro, bote numa aplicação e tenha rendimento sem que você ateste. Isso é muito sério”, diz.

Para abrir o negócio, opinou ele, a Coinx tinha que ter seguro ou patrimônio vinculado. “O cara (da Coinx) tem R$ 10 mil de contrato social e que se dane. Os caras estavam operando milhões de reais. Isso é muito sério”.

Enquanto o dinheiro não vem, os clientes da Coinx se organizam em grupos de WhatsApp. Toda manhã perguntam se há novidades e quase sempre a conversa termina com xingamentos aos donos da exchange curitibana.

“O site está aberto para depósitos em reais e bitcoins, isso prova a pilantragem deles”, diz um dos clientes. “Esses caras têm que ser presos!”, diz outro.

O clima de pouca informação também traz alguma paranóia para vários membros. Quando uma das pessoas fica dias sem responder, os outros acham que ela recebeu o dinheiro e estão sendo passados para trás.

De todos os clientes ouvidos pela reportagem, seja em grupos de WhatsApp, por telefone ou por redes sociais, apenas três afirmaram ter recebido uma parcela de pagamento.

Sem querer ter seu nome exposto pela reportagem, uma das pessoas disse ter recebido R$ 14 mil. Faltam seis mil.

“Perdi dinheiro, sem dúvida”, contou, via WhatsApp. “Além de ter pago juros sobre um montante que estava pendente devido à retenção do valor, quanto mais tempo passa, mais se desvaloriza o dinheiro”.

Quando questionado se acreditava que a operação da Coinx se tratava de um golpe, ele ponderou: “Não sei dizer se é golpe. Se fosse, não teriam pago alguns. Mas que é um crime o que estão fazendo, isso é”.

Fonte: portaldobitcoin.com