Criptomoeda do café chega ao mercado em 1º de julho
Coffee Coin é opção para vender a safra e diversificar investimentos no agronegócio
Coffee Coin será uma criptomoeda lastreada em café do Brasil
A Minasul, Cooperativa Agroindustrial de Varginha, está aguardando os últimos detalhes da regulamentação para no dia 1º de julho negociar no mercado a Coffee Coin, criptomoeda lastreada em café do Brasil. As criptomoedas são moedas digitais que existem no ambiente virtual. Elas usam a tecnologia chamada blockchain, que permite criar ativos digitais e contratos inteligentes protegidos por sistemas de criptografía. No mundo das criptomoedas, existem as stablecoins, que são atreladas a ativos tradicionais. No caso da Coffee Coin, ela é lastreada no café.
No processo de modernização e digitalização do agronegócio brasileiro, a cooperativa com mais de 60 anos de história e 8,5 mil pequenos e médios cafeicultores associados resolveu criar a própria criptomoeda. O diretor de novos negócios da Minasul, Luis Henrique Albinati, explica que o agricultor quer diversificar investimentos e inovar nas formas de vender o produto. “Em julho nós vamos ter no mercado uma nova stablecoin disponível e todos que tiverem interesse poderão participar do mercado de café tendo na sua mão um ativo que tem lastro físico no café custodiado pela nossa cooperativa. Isso dá uma nova opção de investimento aos nossos produtores de comercializar o café, fazendo com que o token do Coffee Coin seja uma forma de pagamento. Por que não?”, questiona.
Nesse contexto de finanças digitais, a cada dia se discute mais a tokenização do agro, que funciona como um processo de securitização. O token é um contrato digital que tem representação em um ativo real. Para que as oportunidades desse mercado sejam capturadas, é preciso demonstrar as possibilidades da tecnologia, diz Rodrigo Borges, diretor da Sppyns, empresa que atua na área de criptomoedas. “Você pode vender antecipadamente cotas de uma produção, direitos de uma produção ou direito de troca de uma forma mais simples. Parece que é tudo que o produtor quer e que os investidores querem. Que as trocas sejam mais simples, mais fáceis e que você tenha uma redução de complexidade nesse processo.” A revolução das criptomoedas não pode mais ser evitada. O agronegócio já percebeu isso e começou a surfar a onda. A Coffee Coin é uma iniciativa pioneira e certamente vai inspirar novos olhares para as finanças digitais e a tokenização de ativos agrícolas.
Criador da Cardano lista motivos para Elon Musk escolher ADA em vez de Bitcoin
O fundador da Cardano, Charles Hoskinson, listou motivos para o CEO da Tesla, Elon Musk, escolher a ADA em vez do Bitcoin.
Ele falou sobre sustentabilidade e a neutralidade de carbono.
Hoskinson também observou que o Bitcoin é "a criptomoeda menos programável", entre outras desvantagens
O CEO da IOHK e fundador da Cardano (ADA), Charles Hoskinson, destacou as principais razões pelas quais o CEO da Tesla, Elon Musk, deveria escolher o seu projeto, ao invés do Bitcoin (BTC).
Charles Hoskinson expôs esses motivos nesta quarta-feira (16), em sua participação no podcast Lex Fridman.
Sustentabilidade e neutralidade de carbono
Em primeiro lugar, o fundador da Cardano destacou que a Tesla deveria abandonar o Bitcoin se realmente se preocupa com questões de sustentabilidade e neutralidade de carbono:
“Bem, se você realmente se preocupa com energia alternativa, sustentabilidade, redução e neutralidade de carbono, você não pode estar em um sistema onde não há mecanismos embutidos para restringir o consumo de energia. Sabe, com prova de participação, o consumo de energia é negativo ”.
Apesar desse ponto, Hoskinson teve que aceitar que “há alguma verdade” no argumento de que o Bitcoin poderia usar energia que, de outra forma, seria desperdiçada.
Nesse sentido, ele apontou que a popularização do BTC também fará com que a energia solar e eólica se proliferem, mas, caso contrário, a Tesla deveria se concentrar em uma criptomoeda mais ecologicamente correta.
Limitações de programação
O CEO da IOHK também destacou que o Bitcoin é “a criptomoeda menos programável”, o que o impede de fazer “coisas interessantes, únicas e atraentes”.
Nesse sentido, ele exemplificou que, se a Tesla deseja que seus veículos se comuniquem entre si, o Bitcoin não será adequado para ter uma camada de Internet das Coisas (IoT):
“Você precisa de uma infraestrutura fundamentalmente diferente para criar tal token e regular tal sistema […] Você precisa de DEX e stablecoins, e todos os tipos de mecânicos para tornar algo assim possível. Bem, isso é realmente benéfico para a Tesla se eles conseguirem descobrir. “
Finalmente, ele perguntou “Qual é o objetivo do Bitcoin?”. Partindo dessa pergunta, ele destacou:
“Ele tem uma capacidade de programação extremamente baixa, não tem conhecimento de nenhum outro sistema, não existe uma forma nativa de emitir um ativo […] Não consegue fazer nada que seja interessante ou único.”
Shiba Inu e Chiliz saltam 33% e 26% após listagens na Coinbase Pro
Memes e tokens de fãs estavam na ordem do dia após listagem na Coinbase Pro, como resultado SHIB e CHZ obtiveram ganhos significativos.
Os preços dos Tokens de Shiba Inu (SHIB) e Chiliz (CHZ) saltaram 33% e 26%, respectivamente, na quarta-feira, após o anúncio da listagem do par na Coinbase Pro.
As transferências para entrada na exchange de Shiba Inu e Chiliz foram anunciadas junto com a Keep Network (KEEP) pela Coinbase Pro na terça-feira. As negociações devem começar na quinta-feira, assumindo que as condições de liquidez sejam atendidas. Os pares de negociação serão lançados em três fases: pós-venda, apenas limite e negociação total.
Shiba Inu apareceu em cena no final de abril, aparentemente como um subproduto da atenção trazida à criptomoeda meme Dogecoin (DOGE) pelo CEO da Tesla, Elon Musk. As imagens do token apresentam uma versão meme da raça de cachorro Shiba Inu, semelhante ao Dogecoin. A valorização em dólar do token, embora ainda bem na faixa abaixo de um centavo, aumentou mais de 2.000.000% no período que antecedeu seu pico recente no início de maio, quando foi listado para negociação na Binance e em outras bolsas.
A avaliação do SHIB subiu de US$ 0,000007002 para US$ 0,000009331 aproximadamente uma hora após o anúncio da Coinbase e manteve a maior parte de seus ganhos um dia depois, ficando entre os 100 tokens por capitalização de mercado com maior valorização na quarta-feira.
Chiliz veio logo atrás depois que o preço da moeda aumentou de US$ 0,2773 para US$ 0,3495 na manhã de quarta-feira, após um aumento sustentado de 26%. Chiliz é o token por trás da plataforma de tokens de torcedor Socios.com, que permite a compra de tokens de marca associados aos principais clubes e organizações esportivas. Chiliz promoveu o recente lançamento de tokens de torcedor em parceria com o FC Barcelona, Manchester City e uma série de grandes clubes de futebol europeus.
O outro token alinhado para negociação na Coinbase, Keep Network, experimentou um breve aumento de 26% enquanto sua avaliação subiu de US$ 0,49 para US$ 0,62 após o anúncio da exchange. Na época da publicação, ela havia abandonado alguns de seus ganhos retornando para a faixa de US$ 0,56.
Keep Network se concentra em fornecer armazenamento para dados privados em blockchains públicos. A plataforma Keep Network compreende contêineres fora da cadeia para dados privados, que são acessíveis apenas por meio do token KEEP baseado em Ethereum. O projeto recentemente adicionou compatibilidade para usuários de Bitcoin (BTC) com tBTC - uma versão ERC-20 totalmente suportada do Bitcoin.
O interesse nos NFTs levou a um boom em cripto-colecionáveis e arte NFT. Estes são dois dos cenários de utilização mais proeminentes no ecossistema DeFi (acrónimo de “Decentralized Finance”, ou seja, “finança descentralizada”), mas não são as únicas aplicações. A escassez e a singularidade fazem dos NFTs uma boa combinação para bens físicos, logística, royalties musicais e muito mais. À medida que os NFTs amadurecem, podemos esperar encontrar mais cenários de utilização.
NFTs: Os 7 principais cenários de utilização
Por exemplo, antes dos NFTs, criar escassez digital de bens era incrivelmente difícil. Embora existam proteções de direitos de autor, é relativamente fácil para os consumidores copiar ou piratear obras de arte digitais. Mas, hoje, é possível utilizar os NFTs para provar a autenticidade de muitos bens únicos e colecionáveis.
Sem que saibamos o que o futuro nos reserva, estes são os sete principais cenários de utilização que os NFTs oferecem atualmente:
1 – NFTs de arte
Os NFTs têm ajudado a resolver problemas de longa data relacionados com a escassez na arte digital – como podemos manter raras as obras de arte virtuais quando podemos copiá-las digitalmente? Embora também haja arte falsa no mundo real, somos normalmente capazes de as autenticar.
A arte criptográfica obtém a maior parte do seu valor com a verificação digital da sua autenticidade e propriedade. Enquanto qualquer pessoa pode olhar para um CryptoPunk na blockchain Ethereum e descarregar ou guardar a imagem, não podemos provar que possuímos o original.
Por exemplo, o artista digital anónimo Pak criou uma série de NFTs, cada um deles idêntico para além do nome. Batizados como The Cheap, The Expensive e The Unsold, Pak deu a cada peça um valor diferente com base no título. A coleção faz-nos pensar sobre o que dá valor a uma obra de arte.
Quando se trata de NFTs, o valor não é necessariamente sobre a obra de arte em si. Por vezes, o que é mais importante é provar a propriedade desse bem específico. Este aspeto é o que torna a arte criptográfica um dos casos mais populares de utilização das NFT.
Veja mais no seguite vídeo:
2 – NFTs para colecionáveis
Quer seja um PancakeSwap Bunny ou um Binance Anniversary NFT, há uma enorme procura de colecionáveis digitais. Este cenário de utilização atingiu mesmo o mainstream com os cromos colecionáveis NBA Top Shot.
Juntamente com a arte digital NFT, estes tokens não-fungíveis constituem uma proporção significativa das vendas nos mercados de NFTs. Há muito cruzamento com a arte criptográfica e, por vezes, um NFT pode ser tanto um colecionável como uma peça de arte. Estes dois cenários de utilização são os mais desenvolvidos que temos atualmente.
O primeiro tweet de Jack Dorsey (o fundador do Twitter) é um excelente exemplo de um NFT colecionável. Enquanto um CryptoPunk é colecionável e visualmente artístico, o NFT de Dorsey tem valor puramente pela sua colecionabilidade.
Dorsey vendeu o NFT usando Valuables, uma plataforma que “tokeniza” os tweets. Podemos colocar uma oferta em qualquer tweet. Qualquer pessoa pode entrar com uma contraoferta e fazer uma oferta superior à sua. Depois, cabe ao autor do tweet aceitar ou rejeitar uma oferta. Se aceitarem, o tweet será “cunhado” na blockchain, criando um NFT “1 de 1” com o seu autógrafo.
Cada NFT é assinado pelo criador verificado com a sua Twitter @handle, o que significa que apenas o criador original pode cunhar os seus tweets como NFTs. Este processo cria um ativo digital, raro e colecionável para trocar ou guardar. O conceito de vender um tweet pode ser um pouco complicado de entender, mas é um grande exemplo de como as NFTs criam colecionabilidade. É essencialmente a versão digital de um autógrafo assinado.
3 – NFTs financeiros
É fácil esquecer que nem todos os NFT derivam valor de uma canção, imagem ou item colecionável. No mundo DeFi, os NFTs também proporcionam benefícios financeiros únicos. A maioria terá também algumas obras de arte, mas o seu valor provém da sua utilidade.
Por exemplo, JustLiquidity oferece um modelo de “staking NFT”. Um utilizador pode apostar um par de tokens num “pool” durante um certo período e receber um NFT para aceder ao próximo “pool”. O NFT atua como um “bilhete de entrada” e é destruído quando se participa no novo “pool”. Este modelo cria um mercado secundário para estes NFT com base no acesso que eles proporcionam.
Outro exemplo são os combos alimentares NFT da BakerySwap, que proporcionam maiores recompensas aos seus detentores. Ao contribuir com BAKE, receberá um combo de NFT que fornece uma quantidade variável de “staking power”. Os utilizadores especulam sobre estes combos, vendem-nos no mercado secundário ou utilizam-nos para “staking”. Esta combinação de NFTs com gamificação e DeFi cria outro caso interessante de utilização para tokens não-fungíveis.
4 – NFTs de jogos
Os jogos têm uma enorme procura de itens únicos que são negociáveis e compráveis. A sua raridade afeta diretamente o seu preço e os jogadores já estão familiarizados com a ideia de artigos valiosos e digitais. Micro-transações e compras dentro do jogo criaram uma indústria de jogo multibilionária que poderia explorar a tecnologia NFT e blockchain.
É também uma área emocionante em termos do que um NFT representa. Os tokens para jogos de vídeo combinam aspetos de arte, colecionabilidade e utilidade para os jogadores. No entanto, quando se trata de jogos de vídeo de grande orçamento, a implementação de NFT está muito longe de ser uma realidade.
Entretanto, outros projetos incorporaram ativamente tecnologia blockchain nos seus jogos. Axie Infinity e Battle Pets são ambos jogos ao estilo Pokémon com animais de estimação e artigos comerciáveis. Também se pode comprar e vender estes tokens em mercados externos (vendas peer-to-peer).
Os NFT de jogos podem ser apenas cosméticos, mas muitos também têm utilidade. Cada “animal de estimação” Axie tem um conjunto de habilidades para lutar. Estas capacidades também afetam o valor do animal de estimação no momento da sua comercialização. Um CryptoKitty pode ser extremamente valioso apenas pelos seus desejáveis atributos de criação. A determinação do valor de cada animal de estimação depende de uma combinação de aparência rara, características e utilidade.
5 – NFTs de música
Como um ficheiro de imagem ou vídeo, pode também anexar áudio a um NFT para criar uma peça de música colecionável. Podemos pensar nisto como uma “primeira edição” digital de um disco. Anexar uma canção a um NFT é semelhante ao nosso exemplo artístico, mas existem outros cenários de utilização.
Uma grande questão para os músicos é receber uma parte justa dos royalties. Mas há pelo menos duas formas possíveis de alcançar um resultado equilibrado: plataformas de streaming e rastreio de royalties baseados em blockchain.
Concorrer com a Amazon Music ou o Youtube para serviços de streaming é difícil para pequenos projetos de blockchain. Mesmo quando um gigante como o Spotify comprou uma solução de royalties baseada em blockchain chamada MediaChain em 2017, não houve benefícios reais para os artistas.
Entretanto, os projetos mais pequenos acabaram por trabalhar principalmente com artistas independentes. Rocki, na Binance Smart Chain, dá aos independentes uma plataforma para vender royalties e transmitir a sua música. A sua primeira venda de royalties NFT na plataforma recolheu 40 ETH por 50% de royalties utilizando o padrão de tokens ERC721.
Se este modelo se tornará mais popular ou não dependerá da sua adoção por serviços de streaming de maior dimensão. Combinar música com NFTs é uma excelente ideia, mas pode ter dificuldades em alcançar o sucesso sem o apoio de editoras.
6 – NFTs de bens físicos
A ligação de bens físicos com NFTs pode digitalizar a forma como provamos a propriedade. Por exemplo, em bens imóveis, lidamos tipicamente com escrituras de propriedade física. A criação de bens digitais tokenizados destas escrituras pode mover itens altamente ilíquidos (como uma casa ou terreno) para a blockchain. No que diz respeito a esta aplicação, não vimos, até agora, os reguladores darem muito apoio. Ainda está muito em desenvolvimento, mas é um assunto a ter em conta no futuro.
Em abril de 2021, Shane Dulgeroff criou um NFT que representava uma propriedade para venda na Califórnia. Tem também uma peça de arte criptográfica anexada ao token. Quem ganhar o leilão receberá o NFT e a propriedade da casa. Contudo, a situação legal exata da venda e os direitos do comprador ou do vendedor são incertos.
Quando se trata de artigos mais pequenos, como joias, um NFT pode ajudar a provar a propriedade legítima no momento da revenda. Por exemplo, um diamante genuíno e ético vem normalmente com um certificado de autenticidade; este certificado é também uma forma de provar os direitos de propriedade – qualquer pessoa que tente revender o artigo sem o certificado não pode confirmar a sua autenticidade e pode ter problemas em convencer os compradores de que é o proprietário legítimo.
Ora, o mesmo conceito é possível com os NFTs. Ao termos um NFT associado a um item, possuir o NFT pode tornar-se tão importante como possuir o bem. Pode-se até incorporar o NFT num item com uma carteira física de “cold storage”. À medida que vemos a Internet das Coisas desenvolver-se, veremos provavelmente mais NFTs a serem utilizados para representar bens do mundo real.
7 – NFTs de logística
A tecnologia blockchain também pode ser útil na indústria logística, particularmente devido à sua imutabilidade e transparência. Estes aspetos asseguram que os dados da cadeia de abastecimento permanecem autênticos e fiáveis. Com alimentos, mercadorias e outros bens perecíveis (como vacinas, por exemplo), é importante saber onde estiveram e por quanto tempo.
Um NFT também tem a vantagem adicional de representar artigos únicos. Podemos utilizar um NFT para localizar um produto que contenha metadados sobre as suas origens, viagem, e localização do armazém. Por exemplo:
• Um par de sapatos de luxo de topo de gama é criado numa fábrica em Itália;
• É-lhe atribuído um NFT que se pode rapidamente rastrear na sua embalagem;
• Os metadados marcados com a data e o local de criação dos sapatos são incluídos;
• À medida que o produto passa pela cadeia de fornecimento, o NFT é digitalizado e são acrescentados novos metadados marcados com a data/hora. Os dados podem incluir a localização do seu armazém e a hora de chegada ou partida;
• Assim que os sapatos chegam ao seu destino final, uma loja pode digitalizá-los e marcá-los como recebidos. E assim está disponível um histórico exato e detalhado para visualizar e confirmar a autenticidade e viagem logística dos sapatos.
Há muitas formas hipotéticas de implementar os NFT na cadeia de abastecimento. Todas elas, contudo, exigem que cada fase da cadeia utilize a mesma infraestrutura. Com tantos atores e diferentes intervenientes envolvidos a nível global, pode ser um desafio implementar estes sistemas na vida real. Este fator, para já, levou apenas a um número mínimo de casos de utilização na vida real.
Atualmente, o sistema TradeLens da MAERSK e o Foot Trust da IBM são dois exemplos de grandes soluções logísticas de blockchain. Ambos utilizam Hyperledger Fabric, uma blockchain da IBM que suporta a utilização de NFTs. Contudo, não é claro se os NFT desempenham um papel nas suas operações.
Concluindo…
Com a popularidade dos NFT a crescer, há uma boa hipótese de vermos ainda mais ideias e casos de utilização no futuro.
Atualmente, nem todas as aplicações para NFTs tiveram tempo suficiente para ir além de uma ideia ou um pequeno projeto. Algumas podem até acabar por não ser práticas ou populares. No entanto, para questões mais fundamentais e simples, como a escassez de arte e colecionáveis, os NFTs estão certamente aqui para ficar.
NFTs e cripto-colecionáveis: o que são e como podem ser usados
A criação do Bitcoin introduziu o conceito de “trustless”, que é quando não há necessidade de confiança entre os utilizadores na rede. Além disso, existe o conceito de escassez digital, que limita a disponibilidade de moedas. Até aqui, o custo de replicar algo no mundo digital era próximo de zero. Com o advento da tecnologia blockchain, a “escassez digital” programável tornou-se possível – e agora está a ser usada para mapear o mundo digital para o mundo real.
NFTs e cripto-colecionáveis: o que são e como podem ser usados
Os tokens não fungíveis (NFTs), também conhecidos como “cripto-colecionáveis”, expandem esta ideia. Ao contrário das criptomoedas, onde todos os tokens são criados igualmente, os tokens não fungíveis são únicos e têm uma quantidade limitada.
Os NFTs são um dos principais componentes de uma nova economia digital com base na tecnologia blockchain. Vários projetos estão a experimentar usar NFTs para diversos cenários, como jogos, identidade digital, licenciamento, certificados e artes plásticas. Além disso, também permitem a propriedade fracionária de itens de alto valor.
À medida que a emissão dos NFTs está a ficar mais fácil, novos tipos de ativos estão a ser criados todos os dias. Este artigo aborda o que são NFTs, para que podem ser usados e como um jogo chamado CryptoKitties congestionou a blockchain da Ethereum no final de 2017.
O que é um token não fungível (NFT)?
Um token não fungível (NFT) é um tipo de token criptográfico numa blockchain, que representa um ativo exclusivo. Podem ser ativos totalmente digitais ou versões tokenizadas de ativos do mundo real. Como os NFTs não são intercambiáveis entre si, eles podem funcionar como prova de autenticidade e de propriedade no âmbito digital.
“Fungibilidade” significa que as unidades individuais de um ativo são intercambiáveis e essencialmente indistinguíveis uma da outra. Por exemplo, moedas fiduciárias são fungíveis, porque cada unidade é intercambiável com qualquer outra unidade individual equivalente. Uma nota de dez euros é intercambiável com qualquer outra nota de dez euros genuína. Essa é uma propriedade fundamental para um ativo que visa atuar como um meio de troca.
A fungibilidade é uma propriedade desejável para a moeda, pois permite a troca livre e, teoricamente, não há uma forma de saber a história de cada unidade individual. No entanto, essa não é uma característica benéfica para itens colecionáveis.
E se, em vez disso, pudéssemos criar ativos digitais semelhantes à Bitcoin, mas adicionar um identificador exclusivo para cada unidade? Isso tornaria cada uma delas diferente de todas as outras unidades (ou seja, não fungíveis). Basicamente, essa é a definição de um NFT.
Como funcionam os NFTs?
Existem várias estruturas e sistemas para a criação e emissão de NFTs. O mais importante deles é o ERC-721, um padrão para emissão e negociação de ativos não fungíveis na blockchain da Ethereum.
Um padrão melhorado, mais recente, é o ERC-1155, o qual permite que um único contrato tenha tokens fungíveis e não fungíveis, abrindo uma nova gama de possibilidades. A padronização da emissão de NFTs permite um maior grau de interoperabilidade, o que acaba por beneficiar os utilizadores. Basicamente, isso significa que ativos exclusivos podem ser transferidos entre aplicações diferentes com relativa facilidade.
Se quiser armazenar e apreciar a beleza dos seus NFTs, pode fazer isso com a Trust Wallet. Assim como outros tokens de blockchain, os seus NFTs estarão num endereço. Vale a pena salientar que os NFTs não podem ser replicados ou transferidos sem a permissão do proprietário – nem mesmo pelo emissor!
Os NFTs podem ser negociados em mercados abertos. Esses mercados ligam compradores e vendedores e o valor de cada token é único. Naturalmente, os NFTs são propensos a mudanças de preço, em resposta à oferta e procura do mercado.
Mas como é que estas coisas podem ter valor? Assim como qualquer outro item valioso, o valor não é inerente ao objeto em si, mas é atribuído por pessoas que o consideram valioso. Essencialmente, “valor” é uma crença partilhada. Realmente não importa se é dinheiro fiduciário, metais preciosos ou um veículo – essas coisas têm valor porque as pessoas acreditam que sim. É assim que todos os itens valiosos se tornam… valiosos – porque seria diferente com colecionáveis digitais?
Para que podem ser usados os NFTs?
Os NFTs podem ser usados por aplicações descentralizadas (DApps) para emitir itens digitais exclusivos e cripto-colecionáveis. Os tokens podem ser itens colecionáveis, um produto de investimento ou qualquer outra coisa.
A existência de sistemas económicos em jogos não é uma novidade. E como muitos jogos online já tiveram e têm as suas próprias economias, o uso da blockchain para tokenizar ativos de jogos está apenas a dar um passo em frente. Na verdade, o uso de NFTs poderia potencialmente resolver ou mitigar o problema de inflação, que é muito comum em diversos jogos.
Enquanto os mundos virtuais já estão a prosperar, outro uso interessante dos NFTs é a tokenização de ativos do mundo real. Esses NFTs podem representar frações de ativos do mundo real que podem ser armazenadas e negociadas como tokens numa blockchain. Isso poderia introduzir uma certa liquidez, muito necessária em muitos mercados que, de outra forma, não teriam. Alguns exemplos são obras de arte, imóveis, itens colecionáveis raros, entre outros.
O setor de Identidade Digital também pode beneficiar das propriedades dos NFTs. Armazenar dados de identificação e propriedade na blockchain aumentaria a privacidade e a integridade dos dados para utilizadores em todo o mundo. Além disso, as transferências trustless e fáceis desses ativos podem ajudar a melhorar a economia global.
CryptoKitties e a Ethereum
CryptoKitties e a Ethereum
Um dos primeiros projetos NFT que ganhou força significativa foi o CryptoKitties, um jogo construído na Ethereum que permite aos jogadores colecionar, criar e trocar gatos virtuais.
Cada CryptoKitty pode ter uma combinação de diversas características, como idade, raça ou cor. Sendo assim, cada um deles é único e não pode ser trocado. Além disso, eles são indivisíveis, o que significa que não há como dividir um token CryptoKitty em partes (como o gwei do ether).
O CryptoKitties ganhou notoriedade após congestionar a blockchain da Ethereum devido à alta atividade que despertou na rede. Até ao início de 2020, o valor recorde (All-Time High, ATH) do número de transações diárias na blockchain da Ethereum, ainda era oriundo do auge das CryptoKitties. É claro que o jogo causou um grande impacto na rede Ethereum, mas outros fatores também contribuíram para ele, incluindo o boom da Initial Coin Offering (ICO).
Embora seja um tópico que gera controvérsia, o CryptoKitties é um exemplo interessante e divertido de um caso de uso blockchain que não é uma moeda, mas algo usado para recreação e lazer. Coletivamente, esses gatos virtuais movimentaram milhões de dólares e algumas das unidades mais raras foram vendidas por centenas de milhares de dólares.
Projetos populares usando NFTs e cripto-colecionáveis
Muitos projetos diferentes já usam NFTs como itens colecionáveis e negociáveis. Vamos passar em revista alguns dos mais populares:
Decentraland é um mundo de realidade virtual descentralizado, onde os jogadores podem possuir e trocar pedaços de terra virtual e outros itens NFT dentro do jogo. O Cryptovoxels é um jogo semelhante no qual os jogadores podem construir, desenvolver e trocar propriedades virtuais.
Gods Unchained é um jogo de cartas colecionáveis em que as cartas são emitidas como NFTs na blockchain. Como cada carta digital é única, os jogadores podem negociá-las como se fossem cartas reais.
My Crypto Heroes é um RPG multijogador onde os jogadores podem fazer evoluir os seus heróis através de missões e batalhas. A diferença para outros MORPGs é que os heróis e itens do jogo são emitidos como tokens na blockchain da Ethereum.
Colecionáveis Binance. Os Colecionáveis Binance são NFTs emitidos em conjunto pela Binance e pela Enjin, em ocasiões especiais. Se deseja ter um, siga a Binance no Twitter e fique atento aos próximos eventos.
Projetos populares usando NFTs e cripto-colecionáveis
Os Crypto Stamps, ou selos criptográficos, são emitidos pelo Serviço Postal da Áustria e ligam o mundo digital ao mundo real. Estes selos são usados no transporte de correspondências, como qualquer outro selo comum, mas também são salvos como imagens digitais na blockchain da Ethereum. Ou seja, são itens digitais colecionáveis e negociáveis.
Considerações finais
Os colecionáveis digitais direcionam a tecnologia blockchain para rumos totalmente novos, deixando um pouco de lado as aplicações financeiras convencionais. Ao representar ativos físicos no mundo digital, os NFTs têm o potencial de ser uma parte vital, não apenas do ecossistema blockchain, mas da economia em geral.
São muitos os cenários de utilização possíveis e é bem provável que muitos programadores ainda venham a apresentar várias inovações empolgantes para esta promissora tecnologia.
As criptomoedas que ultrapassam 6.000% de crescimento no último ano
Na exata metade de 2021, resolvemos fazer um levantamento sobre os cripto ativos que tiveram os melhores desempenhos em porcentagens ao longo dos últimos meses.
Chegamos exatamente à metade de 2021. O mercado de criptomoedas muda a todo instante. E fica até difícil acompanhar os desempenhos de todas as criptomoedas.
Por isso, o Cointelegraph resolveu rever o desempenho das criptoemoedas durante a primeira metade do ano. A seguir, estão duas listas de desempenho de cripto ativos, levando em consideração a porcentagem de crescimento, de acordo com dados do TradingView.
A primeira lista mostra as cinco principais moedas em desempenho anual, ou seja, dentro do período de um ano (entre 11/06/2020 e 11/06/2021), em porcentagem.
Entre os 615 ativos listados pelo TradingView, o que aparece em primeiro lugar é o Cocos-BCX, com uma porcentagem que fica até difícil de ler: 198.583.58%. Cocos-BCX (Cocos BlockChain Expedition) tem como objetivo criar um ambiente de execução multi-plataforma integrado para jogos. A ideia é proporcionar aos desenvolvedores a conveniência e integridade no desenvolvimento de jogos. Todos os ativos obtidos nos jogos são de propriedade integral dos usuários.
Em segundo nessa lista, aparece a DREP com crescimento de 16947.38% no período. DREP é a sigla para Decentralized Reputation System. O Sistema de Reputação Descentralizado (DREP) é uma solução baseada na tecnologia blockchain, que quantifica e monetiza o valor da reputação e o utiliza para negociação, realização de investimentos, compartilhamento de dados e prestação de serviços para todas as plataformas da Internet.
Em terceiro, Telcoin, com 14771.19%. A Telcoin está focada na conexão com redes móveis, permitindo uma fácil conversão entre o dinheiro móvel de telecomunicações, crédito pré-pago e plataformas de faturamento pós-pago.
Em quarto, Dogecoin, com 12313.19%. Dogecoin pega dicas de desenvolvimento de Tenebrix e Litecoin, empregando uma variante simplificada do algoritmo de hash. Dogecoin foi inspirado no meme da internet "Doge". Dogecoin AuxPoW permite que a blockchain Dogecoin receba trabalho de outras redes baseadas em Scrypt.
Em quinto, a UnderDog,com 11207.49%. Underdog.Finance é uma maneira de ganhar recompensas passivas. Um novo termo conhecido como shadow staking. O protocolo e o contrato são projetados para saudar os titulares e aumentar o valor dos tokens DOG.
Desempenho no acumulado no ano
Chegou a hora de saber quais são as criptomoedas com os maiores desempenhos, em porcentagem, no acumulado do ano, ou seja, entre 01/01/2021 a 11/06/2021.
Novamente, a COCOS-BCX aparece em primeiro, com 285981.27%
Em segundo, aparece a Telcoin, com 18553.78%
Em terceiro, está a DREP, com 14535.10%
Em quarto, Matic Network, com 7408.36%. Polygon (chamada antes de Matic) é um protocolo e uma estrutura para construir e conectar redes blockchain compatíveis com Ethereum.
E, fechando o TOP 5, Dogecoin, com 6678.57% de crescimento no desempenho acumulado de 2021.
Shiba Inu (SHIB) anuncia dois novos tokens após subir 35%
O preço da Shiba Inu (SHIB) saltou 35% nesta terça-feira (15), após a criptomoeda ter sido incluída oficialmente no Coinbase Pro.
A SHIB era negociada por uma média de US$ 0,00000730. Com a novidade, o preço saltou para 0,00000933 em cerca de 25 minutos. Segundo o Coinmarket Cap, o valor da criptomoeda, no momento, gira em torno de 0,00000880.
De acordo com a Coinbase, os investidores já podem transferir suas SHIB para a plataforma, mas o trading dela – que foi incluída junto com as moedas Chiliz (CHZ) e Keep (KEEP) – só vai começar na quinta-feira (17) se houver liquidez suficiente.
A integração de cada criptomoeda deve ocorrer em fases, cuja duração será ajustada para manter o mercado saudável. Ainda não há data prevista para a inclusão delas no site da exchange ou em seu aplicativo.
ShibaSwap
No embalo da inclusão da SHIB no Coinbase, os criadores da criptomoeda anunciaram a criação de dois novos tokens, o $LEASH e o $BONE. Eles serão usados em sua própria plataforma de finanças descentralizadas (DeFi), a ShibaSwap.
Segundo o white paper do projeto, o $BONE será usado como recompensa do stake de SHIB e outras criptomoedas na plataforma. Além disso, ele também fará a governança do sistema, permitindo o voto em propostas a partir de 2022.
Já o $LEASH opera de forma similar ao SHIB, mas com oferta limitada de 107.647 tokens. Os três tokens da plataforma poderão ser negociados normalmente e usados para stake e pools de liquidez.
As notícias vieram em boa hora para a Shiba Inu. Lançada no início de abril, a criptomoeda meme valia US$ 0,00003 e pegou carona no fenômeno Dogecoin para saltar para um recorde histórico de US$ 0,000035 no dia 11 de maio. Desde então, o preço da SHIB começou um longo período de quedas, acentuado pelo crash do Bitcoin ocorrido nessa mesma época.
Ainda assim, os criadores da SHIB dobraram a aposta por acreditar no potencial da criptomoeda, que eles chamaram de “Doge killer” (“matadora da Doge”). Isto não os impediu de tomar algumas decisões polêmicas. Uma delas foi enviar uma grande quantidade de tokens SHIB para o co-fundador do Ethereum, Vitalik Buterin.
O perigo, confirme cogitava-se na época, é que o investidor liquidasse essas criptomoedas, fazendo com que o preço da SHIB despencasse ainda mais. Entretanto, ele queimou a maior parte de sua posição e doou o resto para caridade.
A ação parece ter influenciado os criadores da SHIB, que se referem ao episódio em seu white paper:
“Nós mandamos 50% da oferta TOTAL [de SHIB] para o Vitalik. Não há grandeza sem pontos fracos e a Shiba Inu deve crescer e prosperar contanto que ele não nos puxe o tapete”.
Além disso, a Shiba Inu anunciou uma parceria com a Amazon que converte parte do dinheiro das compras de clientes em doações para um instituto de resgate dos shiba inu, uma raça de cachorro considerada difícil de lidar para tutores inexperientes.