Bitcoin despenca abaixo US$ 37.000 e analistas explicam possíveis cenários
Bitcoin despenca abaixo US$ 37.000 e analistas explicam possíveis cenários
Pelo segundo dia consecutivo, o preço do Bitcoin (BTC) opera em queda no mercado, conforme mostram os dados do CoinMarketCap. A criptomoeda registra baixa de 6,25% nesta sexta-feira (18), cotada a US$ 36.469,56. No Brasil, um Bitcoin vale R$ 183.680,15.
As avaliações de preço mudam conforme o ritmo da correção se intensifica. Alguns traders seguem otimistas, enquanto outros buscam sinais de novas correções. Simultaneamente, os contratos futuros e seus dados também apresentam importantes direcionamentos.
Parede de compras e suporte crucial
O primeiro ponto foi abordado pelo trader Crypto Ed em uma análise recente. Em seu Twitter, o trader alerta para uma parede de ordens de compra na Binance, cujos valores estão na faixa dos US$ 36.500.
Com o BTC no preço atual, grande parte dessas ordens pode ser liquidada ainda nesta sexta, o que levaria a um grande impulso de alta, cujo alvo inicial é a região dos US$ 41.000. Ou seja, uma valorização de 11,05% frente ao preço atual. No segundo alvo, a criptomoeda pode chegar a uma alta de 22,4% e chegar aos US$ 47.000.
“Esperando um salto (não tenho certeza se será O salto) em torno de US$ 36.000. Tenho dificuldade em acreditar que iremos subir no fim de semana”, afirmou. Em outras palavras, os traders estão otimistas, mas estimam uma demora de dias – até semanas – para a recuperação no preço.
Para o experiente analista Michaël van de Poppe, a região de US$ 36.500 também é vista como suporte crucial e, em caso de manutenção, o BTC poderia testar novamente a resistência dos US$ 41.000.
Futuros de Bitcoin registram movimento incomum
Por sua vez, o analista brasileiro Marcel Pechman relatou um fenômeno incomum nos futuros de BTC. A situação diz respeito ao contrato de junho, que vence dia 25 e ainda está aberto.
O nome do fenômeno é backwardation e ocorre quando os contratos são negociados com ágio negativo, ou seja, abaixo de 100 — conforme o gráfico abaixo. Isso ocorreu na quinta-feira (17) e, de acordo com Pechman, ocorre quando os vendedores a descoberto usam alavancagem excessiva.
A princípio, a situação indica um sinal de baixa, o que coincide com o atual momento. Porém, existe outro indicador: taxa de financiamento dos contratos perpétuos. Quando posições vendidas (vendedores) estão sobre-alavancadas, a taxa de financiamento torna-se negativa.
No momento, esta taxa oscila entre o campo negativo e o positivo, o que não indica nenhum sinal de alavancagem excessiva nas posições vendidas.
“Se os traders estivessem efetivamente em baixa, tanto os contratos futuros de longo prazo quanto os contratos perpétuos estariam exibindo esta tendência”, destacou Pechman.
Bitcoin pode ultrapassar US$ 300 mil até 2026, aponta BitcoinTrade
Característica deflacionária da criptomoeda e adoção institucional devem favorecer avanço dos preços
Se existe um ativo que teve um primeiro semestre positivo em 2021, com certeza foi o bitcoin. Em tendência altista, em meados de abril a criptomoeda era negociada próxima a US$ 63.500 no exterior, uma valorização próxima de 1.300% acumulada em 12 meses. Apesar da recente correção nos preços, especialistas acreditam que a moeda digital deve alcançar novas máximas nos próximos anos. Para o CEO da BitcoinTrade, Bernardo Teixeira, o BTC pode chegar aos US$ 100 mil nos próximos dois anos e em US$ 300 mil até 2026.
As projeções do especialista são baseadas em algumas características do bitcoin. “Diferente do papel-moeda, o BTC é uma moeda deflacionária por definição. A sua emissão é 100% programada e reduzida com o passar dos anos, o que a torna cada vez mais escassa.” Segundo o CoinMarketCap, até o momento, existem 18 bilhões de bitcoins em circulação e a cada quatro anos, a emissão de novas moedas digitais é cortada pela metade, processo conhecido como halving, reduzindo assim, a oferta, sem necessariamente impactar a demanda, favorecendo dessa forma uma natural valorização dos preços.
A adoção das criptomoedas entre investidores institucionais e companhias durante a pandemia reforça o contexto de expansão em longo prazo para o mercado de criptomoedas. Um estudo da gestora britânica Nickel divulgado na última terça-feira (15) aponta que 19 empresas listadas em bolsas de valores ao redor do mundo já possuem capital alocado em bitcoin, totalizando US$ 6,5 bilhões na moeda digital.
As polêmicas envolvendo as criptomoedas – como a pegada de carbono na mineração do bitcoin e o uso de criptos para o pagamento de ataques hackers – seguem no radar de investidores e reguladores ao redor do mundo, mas é nas redes sociais que os tópicos ganham maior repercussão e impactam os preços dos ativos.
“O bilionário [Elon Musk] teve uma forte influência porque os novos investidores de bitcoin não conheciam – e nem conhecem – o mercado como um todo e acabaram entrando no fluxo das informações divulgadas pelo CEO em seu Twitter, que também não possui entendimento suficiente sobre a cripto”, avalia Tatiana Revoredo, especialista em blockchain e professora do Insper (Insper Instituto de Ensino e Pesquisa). Quando em maio deste ano o CEO afirmou que a Tesla deixaria de aceitar o bitcoin como meio de pagamento em função da forte demanda de energia para sua mineração, os preços caíram cerca de US$ 20 mil no intervalo de uma semana.
Em levantamento realizado a pedido da Forbes, a especialista do Insper aponta que nos últimos 10 anos, o bitcoin registrou valorização acumulada de 6.271.233%.
A tendência de correção nos preços do bitcoin, iniciada após os comentários de Musk, são movimentos naturais e saudáveis para o mercado, pondera Teixeira. “Assim como qualquer ativo, após uma forte alta, existem as correções. Diversos investidores, que entraram no mercado no ano passado, começaram a realizar seus lucros, aumentando a oferta de bitcoins à venda. A tendência segue extremamente positiva, e o BTC no momento passa por uma fase de acumulação necessária para que novos movimentos de alta sejam iniciados”, explica.
Os próximos meses devem trazer ainda novos capítulos na adoção por empresas e investidores institucionais, bem como avanço das políticas do Conselho do Estado da China que buscam regular as atividades de negociação e mineração das criptomoedas. Para os especialistas, a recomendação aos investidores é estudar as características das criptos, funcionamento do mercado e pensar nas moedas digitais como estratégia de longo prazo para o portfólio de investimentos.
Solana e Polygon estão entre os 13 novos fundos cripto considerados pela Grayscale
Atualmente, a Grayscale está considerando 31 novos produtos, mas sem perspectiva de lançá-los de uma só vez (Imagem: Twitter/Grayscale)
A gestora de criptoativos Grayscale anunciou, nessa quinta-feira (17), que está considerando 13 outros produtos de investimento, incluindo alguns ligados a tokens da Solana (SOL) e Polygon (MATIC) – antigamente conhecido como Matic Network).
Os outros 11 produtos sob consideração estão atrelados a esses tokens: 1inch (1INCH), Bancor (BNT), Curve (CRV), Internet Computer (ICP), Kava (KAVA), Kyber Network (KNC), Loopring (LRC), NEAR (NEAR), Ren (REN), Universal Market Access (UMA) e 0x (ZRX).
A nova lista foi divulgada poucos meses depois de a Grayscale ter afirmado, em fevereiro, que estava considerando lançar 23 novos produtos, incluindo alguns ligados aos tokens da Uniswap (UNI), Chainlink (LINK) e Polkadot (DOT). Desses 23 produtos, a gestora de criptoativos lançou cinco, incluindo um para o token LINK.
Embora a Grayscale esteja considerando um total de 31 novos produtos, não significa que a empresa irá lançar todos eles. A gestora de criptoativos disse que o processo de criação de um produto de investimento é complexo e multifacetado.
“[O processo de criação] demanda uma significativa revisão e consideração e está sujeito a controles internos rigorosos, arranjos de custódia suficientemente seguros e considerações regulatórias”, afirmou a companhia.
A Grayscale é a maior gestora de criptoativos do mundo, gerenciando mais de US$ 34 bilhões em ativos de seus clientes. Desse total, mais de US$ 25 bilhões estão em seu fundo de investimentos em bitcoin (GBTC).
Nos últimos quatro meses, GBTC tem sido negociado com desconto, o que acontece, por exemplo, quando o preço de mercado das ações do GBTC é menor que seu valor patrimonial líquido (NAV, na sigla em inglês). O desconto atual do GBTC está em 14%.
Há diversos fatores por trás do desconto, como, por exemplo, novas concorrência e pressão de venda dos atuais clientes.
O blockchain Solana é o mais novo “Ethereum killer”?
Com transações de altíssima velocidade e de baixíssimo custo, o blockchain Solana rapidamente surgiu como um verdadeiro competidor da classe de redes “Ethereum killer” . Então o que está direcionando uma das criptomoedas com melhor desempenho de 2021 — e como ameaça a Ethereum? (Imagem: Twitter/Solana)
Solana (SOL) é uma plataforma blockchain que foca em apresentar soluções rápidas, baratas e escaláveis para contratos autônomos.
A rede foi descrita como idiossincrática por conta de seu método exclusivo para organizar transações e operar uma taxa mais alta de processamento em blockchain. A rede é alimentada pelo token SOL, usado na interação e transação com o blockchain Solana.
Solana foi fundado por Anatoly Yakovenko em 2017. Yakovenko trabalhou na Qualcomm e no Dropbox antes de desenvolver o blockchain.
Junto com os cofundadores Greg Fitzgerald e Eric Williams, Yakovenko queria criar um blockchain que solucionasse questões de processamento e escalabilidade — capacidade de um sistema ou rede se ampliar e fazer a gestão da crescente demanda —, inerentes às redes Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH), mas sem muitas compensações.
Solana é um blockchain de terceira geração — como Cardano (ADA), Tezos (XTZ) e Polkadot (DOT) — que está tentando desafiar as redes tradicionais e centralizadas ao melhorar e modificar os métodos operacionais utilizados por blockchains de primeira e segunda camada — como o Bitcoin e a Ethereum.
Primeira camada é o termo usado para descrever a arquitetura principal e subjacente do blockchain.
Segunda camada é uma estrutura secundária criada acima de um sistema blockchain existente, em que o objetivo principal é aumentar a velocidade de transações e resolver as dificuldades de escalabilidade enfrentadas por grandes redes cripto.
Recentemente, Solana foi manchete quando Solana Labs, a equipe de desenvolvimento que gerencia a tecnologia do blockchain Solana, arrecadou US$ 314 milhões de financiamento. O dinheiro será usado para desenvolver a tecnologia no setor das finanças descentralizadas (DeFi).
A rodada de financiamento foi liderada pela grande empresa de capital de risco do Vale do Silício Andreessen-Horowitz (a16z) e o fundo de hedge cripto Polychain Capital.
Em discussão sobre o projeto após a arrecadação, Sam Bankman-Fried (ou SBF), CEO da Alameda Research, afirmou que Solana possui “o roteiro de desenvolvimento tecnológico mais ambicioso de qualquer blockchain e está realizando progressos impressionantes.
É um blockchain que possui o potencial de fornecer suporte a um ecossistema DeFi com atividade a nível mundial”.
Nos últimos meses, Solana cresceu significativamente como uma “altcoin” — criptomoeda alternativa ao bitcoin” —, tendo um desempenho melhor do que grandes ativos, como bitcoin e ether.
O preço do token SOL teve um aumento anual de 2.541% e trimestral de 184%. Para fins de comparação, o preço do bitcoin teve um aumento anual de 38%, mas uma queda trimestral de 32%.
A solução tecnológica do Solana: por que é tão rápido?
Solana é um blockchain proof-of-stake (PoS) que usa a mesma função de hashing — “alfanumérica” — do bitcoin, chamada SHA-256. Utiliza uma forma exclusiva e confiável para determinar o horário de uma transação, chamada de proof-of-history (PoH).
O algoritmo SHA-256 coleta dados de entrada de usuários e os criptografa para produzir um dado de saída único e difícil de prever.
Solana pega a saída de uma transação e a utiliza com a entrada para o próximo hash. A ordem de transações agora é integrada à próxima saída de hashes. É uma forma diferente da que o blockchain Bitcoin opera.
O processo de hashing com PoH cria uma cadeia longa e inquebrável de transações em hashing. Visa criar uma ordem clara e verificável de transações para que, quando um validador acrescentá-las a um bloco, não precisem usar um registro de data/hora convencional.
Blocos no blockchain Bitcoin são grandes e desorganizados. Cada minerador de bitcoin acrescenta a data e hora ao bloco que mineram com base em seu fuso horário.
Outros nós da rede precisam verificar se a data e hora fornecidas pelo minerador são válidas porque podem ser falsas ou divergir do horário registrado por outros mineradores. Isso leva muito tempo.
Porém, ao organizar transações em uma série de hashes, validadores do Solana são capazes de processar e transmitir menos informações por bloco.
Ter essa versão em hashing do estado mais recente das transações constantemente registradas reduz o tempo de confirmação de cada bloco no blockchain Solana.
PoH é combinada a outros recursos do Solana para otimizar e acelerar a taxa de processamento.
Por exemplo, TowerBFT é a versão do Solana de um modelo de consenso PoS tolerante a falhas bizantinas (BFT), que utiliza o relógio criptográfico da PoH para acelerar o consenso blockchain ao reduzir a sobrecarga de mensagens e a latência de transações.
Ao selecionar o próximo nó PoS para validar um bloco de transações, a tarefa se torna mais rápida, pois nós precisam de menos tempo para verificar a ordem de transações.
TowerBFT é o mecanismo de consenso do blockchain Solana que visa facilitar algumas tarefas árduas na validação de transações (Imagem: Medium/Solana)
Em uma publicação datada de julho de 2019, Yakovenko descreve oito grandes inovações que tornam o Solana no “primeiro blockchain escalável da internet”. Fora o PoH e o TowerBFT, as outras seis grandes inovações são:
– Turbine, um protocolo de propagação de blocos;
– Gulf Stream, um protocolo de encaminhamento de transações;
– Sealevel, um tempo de execução paralelo para contratos autônomos;
– Pipelining, uma unidade de processamento de transações para otimizar a validação;
– Cloudbreak, uma base de dados de contas escalada horizontalmente;
– Archivers, um armazenamento de registros distribuídos.
Todos esses recursos indicam que Solana pode oferecer transações e taxas a uma velocidade mais alta e a um custo mais baixo do que outras plataformas de contratos autônomos.
Atualmente, Solana opera a 412 transações por segundo (TPS), um resultado favorável em comparação às 13,9 TPS da Ethereum.
É provável que usuários da Ethereum gostem dos recursos de alto processamento do Solana pois, neste momento, existem 147.718 transações pendentes que aguardam por confirmação no blockchain.
As taxas de transação do Solana para o impulsionamento de aplicações descentralizadas (dapps) e contratos autônomos também são bem baixas, estimadas em US$ 10 para uma transação de US$ 1 milhão.
Comparações da corretora descentralizada (DEX) do Solana
Raydium está para o Solana como a Uniswap está para a Ethereum e PancakeSwap para o BSC (Imagem: Crypto Times)
Raydium, a corretora descentralizada (DEX) e formadora de automática de mercado (AMM) mais popular do blockchain Solana, possui US$ 348 milhões de ativos bloqueados. Seu volume nas últimas 24 horas é de US$ 14 milhões.
Em comparação, a terceira versão da Uniswap, a DEX e AMM mais popular da Ethereum, possui, neste momento, US$ 1,6 bilhão de ativos bloqueados e seu volume negociado nas últimas 24 horas é de US$ 797 milhões.
PancakeSwap, a DEX e AMM mais popular do Binance Smart Chain (BSC), possui US$ 3,92 bilhões de ativos bloqueados e seu volume negociado nas últimas 24 horas é de US$ 498 milhões.
O Solana foi de encontro ao uso de uma linguagem de programação alternativa, então não é compatível com a Ethereum Virtual Machine (EVM).
Diferente do BSC, onde projetos que foram desenvolvidos na Ethereum e usam as mesmas ferramentas da linguagem Solidity por conta da compatibilidade do BSC com o EVM, desenvolvedores do Solana que desenvolvem dapps, como Raydium, precisam começar do zero.
Solana foi escrita na linguagem Rust, que possui menos desenvolvedores de dapps do que a Ethereum e o BSC.
Um dos maiores problemas em usar Solana é a falta de exploradores de blocos ou plataformas de estatística multifuncionais, parecidos com o Etherscan.
Estatísticas ou dados para a análise fundamental do blockchain Solana é bem limitada, mas parece que a equipe está trabalhando na solução desse problema.
A falta de compatibilidade do Solana com o EVM e o fato de que projetos não podem ser migrado de forma simples e instantânea da Ethereum também sugerem que existem menos golpes e esquemas do que na Ethereum e em plataformas-clone, como o BSC.
Staking do token SOL para obter rendimento passivo
SOL é o token nativo da plataforma, que pode ser usado para pagar por transações simples e execuções de contratos autônomos no blockchain (Imagem: Solana)
Conforme mencionado, Solana é um blockchain PoS com foco em “delegações”.
Qualquer um que possua tokens SOL podem delegar parte de seus tokens para um ou mais validadores que processam transações e operam a rede. Usuários do SOL precisam realizar o staking ou bloquear seus tokens com um validador.
O site Staking Rewards lista Solana como o terceiro maior blockchain por valor de ativos bloqueados — com US$ 12 bilhões em staking —, atrás dos blockchains Cardano e Polkadot.
A taxa de juros atual estimada para detentores de SOL que delegam seus tokens a um validador é de 10,2%.
Porém, ao ajustá-la pela taxa de inflação do fornecimento da rede, essa taxa de juros cai para 2,5%. Segundo o Staking Rewards, validadores que operam um nó do Solana irão obter uma taxa de juros de 11,31% mas, quando a inflação for ajustada, cairá para 3,61%.
A porcentagem de SOL disponível em staking é de 68,17%. Assim, 30% dos tokens que podem postos em staking estão parados, ou seja, grande parte dos usuários de SOL podem ser especuladores ou não conseguem entender como realizar o staking.
68% dos tokens SOL disponíveis estão em staking (Imagem: Staking Rewards)
Drama nas redes sociais e falhas de marketing do Solana
Apesar de Solana ser um queridinho do mercado cripto atualmente, isso não significa que cada passo do projeto foi firme.
Nesta terça-feira (15), Solana se deu mal em uma campanha de marketing com uma influenciadora de redes sociais, Maren Altman, na qual ela sugeriu que as baratas taxas do Solana permitiam que ela vivesse bem na cara região de Manhattan, em Nova York.
A natureza grandiosa da campanha gerou confusão e decepção no Twitter, pois se desviava da mensagem pública, formal e com foco em tecnologia que Solana sempre promoveu no passado. O vídeo da propaganda foi excluído.
Um tuíte do desenvolvedor Dana Hanna resumiu bastante o que muitos da comunidade Solana sentiram:
Preciso dizer que me chateia ver o dinheiro sendo gasto em influenciadores ridículos das redes sociais enquanto eu sento aqui e acrescento VALOR, gastando centenas de horas aprendendo a como desenvolver na plataforma Solana e respondendo a perguntas sobre desenvolvimento em seu Discord — de graça.
A represália destaca a dificuldade que projetos, como Solana, enfrentam ao expandir sua base de usuários para novas demografias. O vídeo de Maren Altman fazia parte de uma ampla campanha de marketing, lançada na plataforma TikTok.
Nos EUA, 60% dos usuários do TikTok variam entre a faixa de 16 a 24 de idade. No Twitter, a maior demografia de usuários (26,3%) é entre os 25 e 34 anos. A demografia do Twitter não apenas é mais velha do que a do TikTok, como também possui uma proporção maior de usuários masculinos.
Estimativas recentes indicam que apenas 44% dos usuários do Twitter são mulheres, em comparação aos 60% no TikTok.
Então fez sentido que Solana apresentasse diferentes táticas para alcançar uma audiência mais jovem e feminina no TikTok, mas as críticas provavelmente vão afastar futuros projetos que tentarem ampliar sua presença.
A reação de fúria no Twitter foi tão severa que Altman decidiu deixar a plataforma após receber ameaças de morte por conta da campanha.
Maren Altman noticiou que não iria mais usar o Twitter por conta da repercussão por ela ter participado de uma campanha na Solana.
Corretora norte-americana alegou problemas técnicos para listar a Shiba Inu
A Coinbase Pro, plataforma para traders da corretora norte-americana, liberou a negociação das criptomoedas Chiliz (CHZ) e Keep Network (KEEP), como divulgado na terça-feira (15). No entanto, a listagem do Shiba (INU), que também foi anunciada naquele dia, foi adiada.
Em comunicado publicado em seu blog, a exchange disse que não disponibilizou o token baseado em meme de cachorro — principal rival da Dogecoin (DOGE) — por causa de complicações na plataforma.
“Estamos enfrentando problemas técnicos que irão atrasar temporariamente o lançamento do SHIB na Coinbase Pro. No momento, estamos desativando os depósitos do SHIB; retiradas ainda estão disponíveis. Forneceremos um cronograma atualizado para restaurar os depósitos e permitir a negociação o mais rápido possível”.
Em maio, um problema técnico semelhante também afetou o lançamento da Solana (SOL) na Coinbase Pro. A criptomoeda, anunciada para ser listada no dia 24, acabou sendo disponibilizada para os clientes só no final daquele mês.
Mais listagens
Na quinta-feira (17), a corretora dos Estados Unidos também anunciou a liberação das criptomoedas CHZ, KEEP e SOL na Coinbase.com.
Em resumo, o SOL é o token da Solana, um projeto que visa melhorar a escalabilidade da blockchain usando uma combinação de prova de consenso de interesse e prova de história.
O CHZ é o ativo digital que alimenta o Socios.com, uma plataforma que permite aos usuários trocar criptomoedas para mostrar seu apoio a equipes esportivas profissionais.
Já o KEEP é um token que alimenta a Keep Network, uma blockchain que conecta redes descentralizadas públicas e dados privados.
Louvre Finance: token da BSC derrete 70% após campanha de youtubers brasileiros
Youtubers brasileiros promoveram uma criptomoeda chamada Louvre Finance nos últimos dias. Após campanha no YouTube, token despencou 70%. Usuários acusam brasileiro que já promoveu pirâmides de ser o criador.
Pelos menos três youtubers brasileiros fizeram campanha maciça em favor de uma criptomoeda chamada Louvre Finance. Dias depois, o token derreteu 70% e deixou compradores no prejuízo.
“Hoje 12 vai ter uma puta mobilização do Diego Aguiar, Ruy e Sharkao!! Vai subir pra caramba a partir de hoje! Quem entrar agora se considere milionário!!!!”, disse um usuário em grupo de mensagens que reúne quase 14 mil interessados na Louvre Finance, um token criado na Binance Smart Chain. Outro grupo, com comunicações em inglês, tem mais de 54 mil membros.
Desde então, porém, o ativo recuou fortemente de preço. Da máxima de US$ 0,000000029320 registrada na última segunda-feira (14), a criptomoeda perdeu mais de 70% e hoje é cotada a US$ 0,000000008261.
Louvre Finance
O projeto se vende como um “token deflacionário” que visa “revolucionar a indústria de NFT”. O white paper descreve um mecanismo de funcionamento similar ao adotado pela Safemoon, que também deixou investidores na mão: toda transação reverte 5% para os detentores da moeda como forma de desestimular vendas.
Segundo o documento, o protocolo também é “à prova de baleias”, já que por padrão nenhuma carteira pode carregar sozinha mais do que 1% da oferta. No entanto, além do supply ser gigantesco, de 1.000.000.000.000.000 LOUVRE, a ferramenta BSC Scan mostra pelo menos dois endereços com saldo de mais de 1% das moedas em circulação.
Há ainda movimentações suspeitas na carteira do criador: 0x93ec3c7a38f3621db9018d237ce10e33497d1012. Ao contrário do que dizem os supostos desenvolvedores, após queima meio quadrilhão de moedas (50%), só 30% foram enviadas para liquidez na PancakeSwap, e outras 20% foram distribuídas em cerca de 200 carteiras ao longo dos últimos dias.
Youtubers brasileiros
Diego Aguiar, um dos youtubers citados nos grupos, publicou um vídeo no dia 15 em que mencionava “5 motivos para comprar (e segurar) Louvre Finance” e mostrava mais de 1 trilhão de moedas compradas supostamente por R$ 250. “Hoje tá valendo para mais de R$ 50 mil, um negócio assustador”, disse.
Outro youtuber que publicou vídeos estimulando a compra da criptomoeda LOUVRE foi Sharkão, conhecido por promover projetos acusados de fraude no setor de criptomoedas. Ele já divulgou, por exemplo, a Unick Forex e a Midas Trend, ambas acusadas de lesar milhares de clientes no Brasil.
“Fiz tudo certinho oque o sharkao mandou”, alega um dos compradores.
Sharkão também fez um airdrop de milhões de moedas LOUVRE recentemente para estimular a adoção do projeto, mas seguiu pedindo para os seguidores comprarem.
“Sharkao e Diego venderam tudo na alta, faturaram 100 vezes mais e não falam. E agorinha na baixa ficam falando em conprar. Só vcs não perceberam que as baleias faturaram múltiplos milhões em coma de nois sardinha”, diz um dos membros da comunidade.
Outros acusam Sharkao ou Diego de serem os verdadeiros criadores da Louvre Finance, o que eles negam. Um dos indícios seria o site do projeto, que traz white paper em inglês, espanhol e português brasileiro, algo incomum para um projeto americano ou europeu, por exemplo.
“Mano ta na cara que o sharkao é doni (sic) da moeda. O cara fala no stories pra subi a #### no twiter, passa 01 segundo chega a mensagem falando no instagram ou vice versa”, especula outro usuário.
O site do projeto foi registrado em 6 de junho no nome da empresa Public Domain Registry, que intermedia registros de domínios e não revela nomes de clientes.
Brasileiros lucraram R$ 1,5 bilhão com Bitcoin em 2020, segundo a Chainalysis
Importante casa de análises do criptomercado Chainalysis colocou o Brasil no Top 25 de países que mais lucraram com Bitcoin em 2020.
Um estudo divulgado nesta semana pela casa de análises do mercado de criptomoedas Chainalysis mostrou que os brasileiros tiveram ganhos de R$ 1,5 bilhão com investimentos em Bitcoin em 2020.
O ranking divulgado pela Chainalysis coloca o Brasil entre os 25 países com maiores lucros realizados com Bitcoin em 2020, à frente de todos os países da América Latina.
Os brasileiros teriam realizado lucros de US$ 0,3 bilhão em 2020, que convertidos em real seriam mais de R$ 1,5 bilhão na conversão desta semana. Se considerarmos o câmbio de janeiro de 2020, os lucros são ainda maiores, cerca de R$ 1,6 bilhão.
Os dados da Chainalysis mostram amplo domínio dos Estados Unidos, com lucros de US$ 4,1 bilhão no ano, seguidos pela China com US$ 1,1 bilhão, Japão (US$ 0,9 bilhão), Reino Unido (US$ 0,8 bilhão e a Rússia (US$ 0,6 bilhão).
À frente do Brasil estão países mais desenvolvidos como Alemanha, França, Espanha, Coreia do Sul, Holanda, Canadá, Turquia e Itália, mas o Brasil também está bem atrás de nações como Ucrânia e Vietnã.
A outra nação latinoamericana que figura na lista é a Argentina, logo atrás do Brasil com US$ 200 milhões de lucros entre os investidores de Bitcoin, ou pouco mais de R$ 1 bilhão. A Chainalysis comenta o desempenho dos EUA no ranking:
“Isso pode parecer surpreendente considerando que a China historicamente tem de longe o maior volume de transações brutas de criptomoedas, mas como cobrimos anteriormente, as bolsas focadas nos EUA viram enormes entradas em 2020 que parecem ter sido realizadas no final do ano, o que provavelmente explica os grandes ganhos do país.”
A empresa também esclareceu a metodologia usada para a composição do ranking com lucros realizados de investidores em Bitcoin no mundo:
“Medimos os fluxos on-chain para cada exchange de criptomoedas, e aproximamos os ganhos totais de dólares dos EUA feitos sobre o ativo em questão (Bitcoin neste caso) medindo as diferenças no preço do ativo no momento em que foi retirado da plataforma versus quando foi recebido. Em seguida, distribuímos esses ganhos (ou perdas) por país com base na participação do tráfego web que cada país contabiliza no site de cada exchange”
Outra boa notícia é a queda de atividades ilícitas relacionadas a criptomoedas desde 2019, que caiu de US$ 200 milhões na América Latina para atuais US$ 40 milhões envolvidos em fraudes, mercados na darknet e outras atividades ilícitas. Pirâmides brasileiras famosas estão na análise, como a Atlas Quantum, AirBitClub e a FX Trading, todas hoje respondendo por crimes financeiros na Justiça.
Outro dado interessante é a corrida dos adotantes de criptomoedas para plataformas de negociação em P2P quando há grande desvalorização das moedas nacionais. Argentina, Uruguai, Colômbia e Chile foram lembradas como principais mercados que adotam criptomoedas como reserva de valor.
O Brasil ainda domina os valores recebidos no continente - até pela disparidade populacional com relação a outros países da região. O Brasil recebeu cerca de US$ 9 bilhões em criptomoedas em 2020, seguido por Venezuela, Argentina, México e Colômbia.
Os maiores serviços de criptomoedas na América Latina têm sido as maiores exchanges globais, especialmente depois da entrada mais efetiva da Binance no continente. A Binance recebeu mais de US$ 3,13 bilhões no período analisado, seguida pela Huobi, OKEX, Coinbase e Bitstamp, todas exchanges com valores bilionários.