Ethereum 2.0 deve atrair US$ 40 bilhões para indústria de staking, diz estudo do JP Morgan
Staking é quando os investidores emprestam suas criptomoedas para a blockchain em troca de recompensas
O Ethereum (ETH) recebe no ano que vem uma importante atualização que vai popularizar o staking de criptomoedas como uma fonte de receita para o varejo e investidores institucionais, na visão de dois analistas seniores do JP Morgan.
Em um relatório divulgado pela Forbes na quinta-feira (1º), eles estimam que a receita dos investidores com staking deve alcançar US$ 20 bilhões nos trimestres seguintes ao lançamento do Ethereum 2.0. Até 2025, a previsão é que os lucros gerem US$ 40 bilhões para a indústria.
Na sua versão 2.0, o Ethereum vai substituir o modelo tradicional de mineração de prova de trabalho (PoW) pelo consenso de prova de participação (PoS). Ao invés dos participantes da rede dedicarem poder computacional para validar as transações, eles passam a emprestar suas criptomoedas para a blockchain em troca de recompensas — prática conhecida como staking.
Além das recompensas e da melhoria importante na escalabilidade da rede, o ETH 2.0 também é visto com bons olhos por seu baixo consumo de energia.
Rendimentos
De acordo com os analistas do JPMorgan, esse conjunto de atributos que chegam à segunda maior criptomoeda do mercado vai atrair o interesse de milhares de investidores para o staking que se expande de diferentes formas no meio cripto.
Segundo dados do StakingRewards, o staking de ETH 2.0 está gerando um retorno anual de 6,14% para os investidores. No caso de outras criptomoedas como Polkadot (DOT), Binance Coin (BNB) e Cardano (ADA), os lucros sobem para 13%, 9% e 7%, respectivamente.
“Não apenas o staking reduz o custo de oportunidade de manter criptomoedas em comparação com outras classes de ativos, mas, em muitos casos, as criptomoedas pagam um rendimento nominal e real significativo”, diz o relatório. “Na verdade, no ambiente atual de taxa zero, vemos os rendimentos como um incentivo para investir”.
O staking também se tornou uma forma de corretoras de criptomoedas fidelizarem seus clientes. A Gemini, por exemplo, oferece rendimentos anuais de até 7,4% com base no saldo dos usuários. De forma geral, esses serviços geram uma receita anual de US$ 9 bilhões para a indústria cripto.
Para o staking se concretizar no futuro, no entanto, é preciso que a volatilidade dos criptoativos diminua. Como o rendimento do usuário é pago com criptomoeda, caso ocorra uma grande queda de preços, o investidor pode acabar sem ganhos reais.
Fonte: https://portaldobitcoin.uol.com.br/
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