Metaverso não é apenas Axie Infinity e será maior que o Bitcoin, que a internet e vai reinventar a sociedade, dizem especialistas em live da OKex
Você pode pensar no metaverso como uma Internet na qual você pode, não apenas visualizar todos os tipos de conteúdo, mas também se tornar parte dele
O Metaverso, termo que vem ganhando cada vez mais atenção e tomando conta das rodas de conversa no mercado de criptomoedas por conta de games como Axie Infinity e Descentraland, promete ser muito maior do que o Bitcoin (BTC); que o mercado de criptomoedas e pode redefinir a sociedade de tal forma que criará o transhumano, no qual não haverá como separar a vida física da virtual.
O próprio criador e fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, anunciou que os planos da rede social são se tornar um metaverso, no qual o Facebook criará uma coleção de experiências de ficção científica interconectadas e abrangentes. Zuckerberg disse que o metaverso sucederá a internet e os celulares.
“Você pode pensar no metaverso como uma Internet na qual você pode, não apenas visualizar todos os tipos de conteúdo, mas também se tornar parte dele. Você pode interagir facilmente com outras pessoas, como se estivesse em outro lugar. Você pode obter uma variedade de experiências que são difíceis de alcançar por meio de aplicativos bidimensionais ou páginas da Web. Isso inclui danças ou diferentes métodos de condicionamento físico”, disse.
Recentemente, com o objetivo de incentivar a discussão dessa temática no Brasil, a OKEx convidou Eduardo Horvarth e Byron Mendes para uma conversa aberta através do Instagram @okexbrasil_ .
Eduardo Horvath é CDO no GetNinja, advisor no Toyo, fundador do Spirit4 e está no mercado crypto desde 2013. Conheceu a blockchain por ser um CyberPunk e as questões de privacidade foram fator decisivo para se tornar um apaixonado pela tecnologia.
Sobre o mercado cripto de modo mais aberto, Eduardo acredita que estamos em um momento de amadurecimento, e como bom Designer UX, vê isso de forma muito perceptível pela evolução das interfaces.
Metaverso
Byron Mendes, por sua vez, está no mercado cripto desde 2016. Contudo, o maior momento de convergência de trabalho e investimentos em criptomoedas se deu em 2020, quando os NFTs começaram a ganhar forte espaço no exterior.
Trabalhando com a interseção de arte e tecnologia desde 2015, Byron enxerga a tokenização de artes como o ápice do universo cripto. Em 2021, ele fundou a Metaverse Agency, a primeira agência de criptoarte do Brasil.
Logo de início, Byron fez alguns destaques sobre o que esperar do metaverso, NFTs e mundo cripto como um todo. Afirmou que “o tempo cuida do que é relevante e do que é simplesmente oportunista”. Usando o blockchain como o grande parâmetro, o agente de artes acredita que a tecnologia pode ser uma revolução maior até mesmo que a internet.
“Descentralizar é assumir uma nova etapa na evolução da sociedade humana”, disse Byron Mendes
Apesar de ter sido cunhado pela primeira vez na década de 80, o metaverso somente agora está se tornando uma realidade para qualquer participante, devido aos avanços tecnológicos.
Durante a conversa, muito se falou sobre evolução da ideia de governança. Eduardo, inclusive, destacou a importância do Axie Infinity para os NFT Games, especialmente por meio dos tokens de governança.
“Hoje podemos ver, no universo dos jogos, uma economia compartilhada que está se entrelaçando, na qual o jogador se sente parte desse jogo, participando não só de forma passiva como ativa também.”, afirmou Eduardo Horvath.
Como advisor do Toyo, um NFT Game, Eduardo ressalta um dos maiores desafios: dar valor ao token in-game, que geralmente é ilimitado. Para isso, o Toyo adota mecanismos internos por meio dos quais o usuário pode trocar esses tokens por outros artefatos, ou partes do avatar, como braço, perna, cabeça, etc.
A arte generativa
Recentemente, a artista brasileira Monica Rizolli se destacou no mercado de NFTs com sua coleção Fragments of an Infinity Field, arrecadando R$ 28,4 milhões. Byron enfatizou que os NFTs trouxeram os programadores para o mercado de arte. Em uma área que há alguns anos eles não teriam espaço, hoje são destaque.
Através do projeto Spirit4, Horvath desenvolve uma arte generativa free hand de personagens NFTs que podem ser usados por qualquer outro game NFT. Os personagens possuem metadados de força, tradicionais ao RPG. O trabalho pode ser acompanhado através do site oficial, clicando aqui.
Durante a conversa, o conceito de clube foi destacado como uma das grandes vantagens dos NFTs. Agora, um token passa a ser também o ticket de entrada para eventos, ou até mesmo para participar de uma determinada comunidade. Um ótimo exemplo são os terrenos vendidos na Decentraland que, inclusive, Byron está procurando para ser a sede da Metaverse Agency.
Nas palavras finais, ambos entrevistados destacaram a necessidade de bastante estudo antes de investir em metaverso ou economia descentralizada. Como o mercado se move em ciclos, é importante esperar o momento correto de realizar uma entrada, tendo paciência sempre para aproveitar os melhores momentos do mercado.
Fonte:https://cointelegraph.com.br/