terça-feira, 12 de outubro de 2021

4 formas de gerar renda passiva e ganhar dinheiro com DeFi


4 formas de gerar renda passiva e ganhar dinheiro com DeFi

A revolução DeFi está em andamento, e embora possa parecer difícil à primeira vista, qualquer pessoa com um computador, acesso à internet e alguns criptoativos em sua carteira digital pode gerar renda passiva interagindo diretamente com protocolos de finanças descentralizadas.

4 formas de gerar renda passiva e ganhar dinheiro com DeFi


Sempre que se fala em DeFi, acaba-se projetando um fabuloso mundo futuro em que os protocolos de finanças descentralizadas terão tornado obsoletos os bancos e as instituições financeiras tradicionais. Nada menos que uma revolução emancipatória em que o indivíduo detém todo o poder e responsabilidade sobre o seu dinheiro, dispensando os velhos intermediários habituados a lhes subtrair maiores ganhos.

À primeira vista pode parecer um mundo distante, irreal até. Mas o fato é que ele já está acontecendo e não é de agora. Desde 2019, quando surgiram as plataformas de empréstimo descentralizadas que foram responsáveis pela onda inicial de crescimento do setor de DeFi, novas modalidades de geração de renda a partir de ativos digitais foram desenvolvidas.

Ao depositar seus criptoativos em contratos inteligentes vinculados a um protocolo descentralizado, alguns investidores vêm obtendo rendimentos percentuais anuais (APY) que deixam as taxas de juros dos setor financeiro tradicional comendo poeira.

No entanto, não se trata de dinheiro fácil, pois interagir com protocolos DeFi exige paciência, cuidado e um conhecimento básico para conectar uma carteira digital própria à Web 3.0, como a MetaMask, a uma DEX (Exchange Descentralizada), como a Uniswap.


A seguir, apresentamos as quatro principais formas de gerar renda passiva através de protocolos de finanças descentralizadas.

Empréstimos


As primeiras experiências em DeFi foram feitas nessa modalidade, pois as plataformas pioneiras de finanças descentralizadas eram protocolos de empréstimo, como o MakerDAO. O conceito é simples e direto: os investidores bloqueiam seus ativos em um contrato inteligente de um determinado protocolo criando um pool de liquidez. Tomadores de empréstimo podem acessar esses fundos pagando juros ao protocolo, e o contrato inteligente distribui os juros obtidos aos credores na mesma proporção dos ativos por eles bloqueados.

Esta é uma opção interessante, especialmente para aqueles que tem pouca ou nenhuma experiência, por ter uma mecânica simples. Os tokens são depositados e bloqueados instantaneamente, assim como instantânea é também a operação reversa.

O percentual anual de rendimento (APY) costuma ser mais vantajoso do que os juros oferecidos pelo sistema bancário. Por exemplo, o protocolo AAVE, baseado na rede Ethereum, oferece um APY de 4,05% para depósitos em USDC.

Outra vantagem é o baixo risco de calote, pois os tomadores de empréstimo precisam oferecer ativos como garantias que são agregadas ao contrato inteligente, assegurando o pagamento dos juros devidos.


Staking


No universo cripto, este termo deriva do mecanismo de consenso conhocido como "Proof-of-stake" (PoS) - ou prova de participação. Os validadores que garantem a segurança da rede detêm maior poder quanto mais tokens eles possuírem.

Porém, com a maioria dos protocolos DeFi, hoje, está baseada na rede Ethereum ou na Binance Smart Chain, cujos modelos de consenso são outros, staking significa apenas o bloqueio dos ativos por um prazo mais longo em troca do compartilhamento das receitas obtidas na rede.

Pode-se dizer que fazer staking é como abrir uma "conta poupança" vinculada a uma determinada blockchain, na qual os recursos do investidor são bloqueados em um contrato inteligente. 

A maioria das exchanges descentralizadas oferece a opção de staking do seu token nativo. Por exemplo, o UNI, no caso da Uniswap - atualmente a maior DEX do mercado em volume de transações. Geralmente, esses tokens ganham uma porção dos rendimentos gerados pelo uso dos produtos e serviços oferecidos pela exchange, que depois são, em parte, distribuídos aos investidores no momento do desbloqueio dos recursos.

Vale lembrar que o Ethereum está em transição do modelo de consenso Proof-of-Work (prova de trabalho) para o Proof-of-Stake. Quando isso ocorrer, poderão se tornar validadores da rede aqueles que se dispuserem a bloquear 32 ETH para cada nó que desejarem rodar. Para entrar em operação, a rede precisará do staking de pelo menos 524.288 ETH distribuídos entre pelo menos 16.384 validadores. Uma vez que essa condição seja alcançada, os validadores passarão a receber recompensas por sua contribuição para o funcionamento e segurança da rede.

Prover liquidez


AS DEXs se caracterizam por funcionarem sem livro de ordens, ao contrário das exchanges centralizadas. Elas operam através de um sistema denominado Automated Market Maker (AMM), em que o livro de ordens é substituído por pools de liquidez. Esses pools são compostos por pares de tokens de valor equivalente. 

O que são pools de liquidez em DeFi?

Os pools de liquidez são públicos. Qualquer investidor pode se torna um provedor de liquidez bloqueando um determinado par de tokens em um contrato inteligente. Por exemplo, se 1 ETH estiver sendo negociado a 3.000 USDT, o investidor precisará disponiblizar os tokens de ambos os pares em proporções equivalentes. Ou seja, 2 ETH, 6.000 USDT, e assim por diante.

Ao comprometer um par de ativos a um pool de liquidez, o investidor recebe tokens específicos atrelados à operação. Ao resgatar esses tokens, o valor investido será devolvido, acrescido das receitas geradas por negociações no interior do pool.

Os provedores de liquidez recebem uma taxa ou comissão por transação proporcional ao valor alocado no pool. O APY é variável, mas geralmente é mais alto do que o das modalidades anteriores porque contém um risco adicional conhecido como "perda impermanente".

Em caso de volatilidade extrema de um dos tokens do par, o rebalaceamento da cotação do pool pode fazer com que, o investidor perca dinheiro, ao contrário do que teria acontecido caso ele não tivesse aderido ao pool. Para minimizar esse risco, é prudente escolher pools altamente líquidos e evitar pares que contenham moedas propensas a altas variações de preço.

Farm de rendimentos


Essa modalidade possiblita que os investidores ganhem uma renda adicional sobre a provisão de liquidez. Provedores de liquidez recebem um token específico que representa sua participação em determinado pool. Muitas plataformas de DeFi oferecem "farms" em que o investidor pode alocar esses tokens, ganhando rendimentos sobre eles. É o mesmo princípio do staking, porém acessível apenas a provedores de liquidez.

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Diante de tantas modalidades de investimento e protocolos, monitorar o desempenho de um portfolio DeFi constitui um desafio em si. Agregadores como o 1inch disponibilizam integrações entre diferentes blockchains e conexões a múltiplas carteiras digitais, facilitando o acesso a dados diversos em tempo real, e ajudando inclusive a identificar os melhores retornos oferecidos no mercado.

Estes são os métodos mais populares para geração de renda passiva através do ecossistema de finanças descentralizadas. A alocação de ativos digitais em troca de rendimentos é uma prática fundamental para aumentar a liquidez e o capital circulante no mercado de criptomoedas. No entanto, é preciso ter cuidado e estar atento a golpes e a protocolos de reputação duvidosa. Perigos e recompensas podem ser encontrados em igual proporção.

Fonte: https://cointelegraph.com.br/

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