quarta-feira, 3 de outubro de 2018

Caixas eletrônicos de criptomoedas chegam à Argentina para explorar volatilidade do peso

Caixas eletrônicos de criptomoedas chegam à Argentina para explorar volatilidade do peso


Por Maximilian Heath

BUENOS AIRES (Reuters) - A Argentina pode receber até 30 caixas eletrônicos de compra e venda de bitcoins até o final do ano, afirmaram representantes da indústria, uma expansão do mercado de criptomoedas na esteira de uma crise econômica que derrubou o peso argentino.

A Athena Bitcoin, empresa norte-americana especializada em caixas eletrônicos de criptomoedas, lançou a primeira máquina na Argentina no mês passado em um shopping de Buenos Aires, informou um porta-voz da empresa à Reuters.A também norte-americana Odyssey, disse que dos 150 caixas eletrônicos que pretende instalar até o final do ano na Argentina, 80 por cento deles estarão realizando operações em bitcoin nos primeiros meses de 2019.

Criptomoedas são moedas virtuais não lastreadas por qualquer banco central ou ativo sólido, com o bitcoin sendo a maior e mais conhecida. "Com as desvalorizações da moeda, tivermos aumento nas transações de bitcoin. Vemos isso como uma garantia contra a oscilação do peso, bem como uma oportunidade de investir", disse Dante Galeazzi, gerente de operações da Athena na Argentina.

O peso perdeu mais de 50 por cento do valor em relação ao dólar até agora em 2018.Ao contrário das máquinas Athena, que só permitem que os clientes comprem e vendam moedas digitais, os caixas eletrônicos da Odyssey poderão concluir transações bancárias tradicionais, incluindo depósitos, saques e transferência de dinheiro.

A Octagon, empresa do Odyssey que processará as transações de caixas eletrônicos na Argentina, espera instalar cerca de 1.600 caixas eletrônicos habilitados em bitcoin no país daqui a um ano, disse o gerente geral da empresa, Begona Perez De Solay.Tanto a Athena quanto a Odyssey disseram que também têm ambições de se expandir em outros países latino-americanos, como Brasil, Chile e México. (Por Maximilian Heath)

Por Maximilian Heath/REUTERS 

Nenhum comentário:

Postar um comentário