sexta-feira, 5 de outubro de 2018

País emergente é foco de corretora de criptomoedas


País emergente é foco de corretora de criptomoedas

Empresa chinesa que transaciona mais de US$ 15 bilhões por mês em moedas virtuais vê em países como Brasil, Turquia e Malásia um terreno fértil para a adoção de bitcoin e afins.


País emergente com economia fraca costuma afastar empresas e investidores estrangeiros. Salvo raras exceções — como as companhias que têm como estratégia comprar ativos em tempos de crise com a expectativa de uma valorização futura —, um contexto econômico ruim não interessa às multinacionais. Não é o caso das corretoras de criptomoedas. Para essas empresas, que fazem a compra e a venda de moedas digitais, regiões em desenvolvimento representam grande oportunidade.

“Países populosos com moedas fracas são ambientes propícios para o crescimento das criptomoedas”, diz Raquel Vaz, diretora internacional de marketing e desenvolvimento de negócios da corretora chinesa Coinbene, que transaciona US$ 15 bilhões por mês. “No momento em que a economia vai mal, a criptomoeda acaba sendo uma alternativa à moeda local, que muitas vezes está bem depreciada. As incertezas aumentam a compra de criptomoeda.” Um exemplo de como a moeda digital pode virar alternativa à local é a petro, da Venezuela.

Dos oito países em que a Coinbene está presente com escritório físico, seis estão no time dos populosos ou de turbulência econômica. São eles: Brasil, Malásia, Índia, China, Turquia e Argentina. As únicas exceções a esse grupo são Singapura, onde a corretora tem sede, e Coreia do Sul, país conhecido internacionalmente pelo ambiente favorável às criptomoedas. Na Turquia e na Argentina, aonde a Coinbene chegou recentemente, a previsão é dar início às transações de moedas digitais nos próximos meses.

A julgar pelas buscas na internet, são os consumidores de países emergentes, de fato, que mais se interessam pelas criptomoedas. O Google Trends aponta que dos dez países que mais pesquisam por bitcoin, a criptomoeda mais famosa, seis são regiões em desenvolvimento, como Nigéria, Gana, África do Sul, Venezuela, China e Malásia. O Brasil aparece em 35º nessa lista (consultada no dia 1º de outubro).

Fonte: epocanegocios

Nenhum comentário:

Postar um comentário