1.000 investidores vão processar a Binance e querem indemnizações milionárias

CEO da Binance - Changpeng Zhao

Um grupo de cerca de 1.000 investidores de criptomoedas, vão processar, com a empresa Liti Capital, a plataforma Binance no tribunal arbitral de Hong Kong, de forma a serem ressarcidos de várias paralisações da exchange que impediram os traders de, em momentos negros, para várias moedas digitais, venderem os seus ativos ou desistirem de compras de determinados tokens, acabando por perder entre milhares a milhões de dólares.

Em entrevista à norte-americana CNBC, David Kay, diretor de investimentos da Liti Capital, confessou que este “vai ser um processo marcante”. O primeiro desafio será como justificar a jurisdição territorial do tribunal arbitral, tendo em conta que a Binance, como já lembrou o CEO da empresa, Changpeng Zhao, citado pela CNBC, “não tem sede oficial”.

A Executive Digest contactou a Binance no sentido de obter um esclarecimento, sobre este assunto, estando ainda à espera de resposta.

Entre os 1.000 requerentes deste processo está o investidor Fawaz Ahmed que devido a uma paralisação da Binance perdeu cerca de 6 milhões de dólares, segundo o próprio.

O feito aconteceu no dia 19 de maio, altura em que a exchange sofreu uma paralisação, que impediu os traders de desistirem de operações de compra, ou de concluírem vendas de criptomoedas. Tendo em conta que neste dia vários tokens, como a  Ethereum, a segunda moeda mais cara do mercado, sofreu uma quebra, como não era visto desde março de 2020, o efeito deste bloqueio foi devastador.

Durante a segunda quinzena de maio, o mercado das criptomoedas perdeu cerca de um bilião de dólares. Os bugs da plataforma agravaram ainda mais esta catástrofe.

Num comunicado enviado à imprensa norte-americana, a Binance recorda que “a nossa política de compensação é justa, já que não cobrimos lucros possíveis, mas sim perdas reais”.

Para além da Binance, também a Coinbase, a plataforma de criptomoedas mais utilizada nos EUA, sofreu um bloqueio no dia 19 de maio. Até ao momento, não se sabe se foi proposta qualquer ação, contra a exchange.